As armas de fogo só foram possíveis graças à invenção da pólvora, só chegando ao nível atual de avanço tecnológico após a invenção do cartucho metálico.
A unidade de munição das modernas armas de fogo, possibilita seu emprego tático onde se deseja grande número de disparos no menor espaço de tempo. Sem ela, seria impossível existirem novos sistemas de operação, assim como não haveria as armas semi-automáticas e automáticas.
O cartucho metálico reúne, em si só, todos os elementos necessários ao tiro. Tendo sido elaborado de modo a ser introduzido diretamente na culatra da arma para a qual é destinado, de modo manual ou mecânico.
O cartucho de munição possui os seguintes componentes, comuns a todos os tipos: o projétil (1), o estojo (3), a carga de projeção (2) e a espoleta (4), com sua carga iniciadora. Nada mais é do que a reunião dos elementos necessários à alimentação da arma, em um único corpo. Sua finalidade é a de proteger os seus componentes, oferecendo segurança ao operador da arma.
PROJÉTIL
Exemplo de projétil semi-jaquetado ponta oca
O projétil é o artefato, metálico ou não, que é expelido pela arma de fogo; é o principal e mais crítico elemento da munição. Seu tipo, forma e massa, vão determinar, juntamente com a pólvora, os maiores ou menores efeitos balísticos ou lesivos da munição.
Inicialmente concebidos no formato esférico, de diversos materiais, deram lugar aos projéteis ogivais, de melhor perfil aerodinâmico, podendo ser de chumbo ou encamisados (dotados de uma jaqueta metálica externa).
Peso de cargas, ou unidade de medida, de projeção e de projéteis.
Freqüentemente, a título de curiosidade, quem inicia estudos relacionados ao tiro, se depara com uma unidade de medida padrão nos EUA, utilizada para medição de peso da pólvora e de projéteis, unidade esta sem equivalente no Brasil: o “grain”.
Um “grain” equivale a 0,0648 de grama; 7000 “grains” equivalem a uma libra de peso. Utiliza-se esta unidade de medida, em virtude do baixo peso que apresentam as cargas de projeção e os projéteis.
CONCLUSÃO
Afirmamos que é essencial para a obtenção do fenômeno do stopping power, além dos fatores já vistos anteriormente, conjunto arma/munição preciso e eficiente, o tipo (configuração) da munição empregada, o local atingido no corpo do oponente, múltiplos disparos nas zonas atingidas (salienta-se a importância do segundo tiro), penetração suficiente do projétil e uma grande cavidade temporária provocada pelo impacto do projétil, para a obtenção eficiente da balística terminal.
Relembramos que o chamado stopping power foi considerado um fenômeno relativo, que não pode ser calculado com uma certeza matemática (apesar das várias fórmulas para seu cálculo apresentadas por diversos estudiosos do assunto), pois depende de muitas variáveis, entre elas, a individualidade biológica do oponente.
Finalizando, para se ter eficiência contra um alvo humano a profundidade mínima para se atingir vasos importantes deve ser de 15cm. Quanto mais profundo for o ferimento, melhor, assim como quanto maior o diâmetro de cavidade. Deve ser considerado, também, que se o alvo estiver coberto por roupas e barricadas poderá haver desvio da trajetória do projétil, expansão antecipada e possível comprometimento da penetração.
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