quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Políticos são contrários a venda de motos

Aumentou em 800% o número de vítimas em motocicletas nos últimos 15 anos

Periodicamente são divulgadas estatísticas sobre acidentes envolvendo motociclistas. Uma delas mostra que nos últimos 15 anos aumentou em 800% o número de vítimas em motocicletas. Já vi todo tipo de manipulação de dados, mas este foi campeão!

Aposto que em 1930 o aumento no número de acidentes de trânsito deve ter crescido em uma progressão geométrica muito maior! Afinal, foi em 1929 que os automóveis começaram a ser produzidos em escala industrial.

Já ouvi e li todo tipo de bobagem envolvendo segurança de motociclista. Algumas preconceituosas e tendenciosas como a proibição de transportar passageiro ou a ideia absurda de colar o número da placa da moto no capacete do motociclista. Em todo o Brasil a preocupação (atrasada) com estas vítimas tem resultado em medidas das mais absurdas – como simplesmente fazer de conta que não existe – até sugestões como a proibição de circulação das motos entre os carros.

Recentemente surgiram mais duas: obrigar o uso de colete inflável (air-bag) e limitar a velocidade das motos a 110 km/h. São as famosas "canetadas" que visam muito mais proporcionar holofote aos autores aos projetos de lei, do que salvar vidas. E o triste é que conseguem...

Nos dois casos acredito fielmente não haver e menor chance de regulamentação. Até hoje nenhum fabricante ou importador de colete inflável submeteu o produto a um órgão certificador brasileiro para avaliar o real benefício do equipamento. Não existe nenhum certificado emitido no Brasil que confirme a eficiência, logo é um julgamento totalmente aleatório, sem um parecer técnico. Sem falar que, mais uma vez, estão eliminando os sintomas e não a doença. É muito melhor não permitir o acidente do que reduzir as consequências dele. Seria como exigir que a população usasse colete à prova de balas para reduzir o número de homicídios!

A segunda sugestão é limitar a velocidade das motos já na fábrica. Outra burrice sem precedentes. O limite de velocidade já existe e chama-se LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO! Os limites estão visíveis na forma de placas, se elas não são obedecidas voltamos ao cerne da questão: os cidadãos não respeitam mais o Estado porque o Estado não se dá ao respeito.

Cansei de escrever que o Brasil vive hoje a maior inversão de valores de sua História. A vítima é punida, enquanto o algoz é perdoado. Enquanto as leis forem criadas, avaliadas e aprovadas por pessoas comuns, sem aval técnico, estamos sujeitos a todo tipo de canetada como se cada motociclista brasileiro gostasse de se acidentar e morrer espatifado. Nós somos os vilões e a categoria política veio ao mundo para tentar nos salvar... só que não!

Como a administração pública precisa correr atrás da cura para uma doença que ela mesma deixou espalhar e perdeu o controle, o sonho de cada prefeito seria pura e simplesmente proibir a venda e circulação de motos. Imagine a felicidade que um prefeito, vereador ou deputado teria em anunciar que foi o responsável pelo fim dos acidentes envolvendo motociclistas.

O trânsito é uma competência municipal, baseado no Código Brasileiro de Trânsito. Prefeituras têm poder de criar ou vetar leis que regulamentam o trânsito de forma a garantir a segurança dos seus cidadãos ou aumentar a arrecadação, conforme a prioridade. A grande imprensa já mostrou várias reportagens denunciando a indústria da multa. Já gravaram conversas entre as empresas fornecedoras dos radares com prefeitos e secretários nas quais eram revelados os dados estatísticos que garantiam o aumento na arrecadação em mais de 30% da noite pro dia.

Hoje temos uma situação bem clara de busca de arrecadação por meio das multas. Dinheiro que tem livre aplicação e pode servir até mesmo para sustentar campanhas políticas, já que em mais uma distorção típica do Brasil o trânsito é uma atribuição administrada por políticos. Diretores de Detrans e Ciretrans são nomeados por políticos e isso já exclui qualquer possibilidade de uma administração honesta e competente.

Veja, por exemplo, as enormes dificuldades que um cidadão comum tem para transferir um documento. Tudo para evitar fraudes, embora a cada ano cresça o número de veículos roubados.

Portanto estamos diante de uma realidade de difícil gerenciamento. De um lado temos os dados de acidentes envolvendo motociclistas. Do outro lado temos a incapacidade de gerenciamento do trânsito por ser uma atribuição política e não técnica. Junto a isso tudo temos pessoas com comportamento cada vez menos social e mais individual, tratando o bem público como privada. E a pressão da União pela redução das vítimas que oneram o sistema de saúde pública.

Você acredita mesmo que tem solução? Aquela ideia estapafúrdia de proibir a produção, venda e circulação de motos começa a não ser tão absurda assim! Aposto que este é o sonho do ministro da Saúde e de muito prefeito!

Geraldo Tite Simões
Jornalista, instrutor de pilotagem e ministra o Curso SpeedMaster de Pilotagem com apoio de Honda, Pirelli, Tutto e Shoei.
Fonte: Yahoo.com

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A ditadura no Brasil: por Marilza de Melo Foucher

O PMB sente saudades dos tempos em que os generais ocupavam o poder, durante a ditadura militar
Os generais ocupavam o poder, durante a ditadura militar
Em uma conferência-debate realizada em Nanterre, na França, em homenagem a Salvador Allende, que reuniu historiadores, analistas políticos, jornalistas do Cone Sul, a doutora em Economia e correspondente do Correio do Brasil Mariza de Melo Foucher faz uma análise do golpe de Estado que teve lugar no Brasil, em 1964.
Leia, a seguir, na íntegra, a palestra de Marilza de Melo Foucher
A ditadura no Brasil: Como ela se impôs?
Em primeiro lugar, do meu ponto de vista, o golpe de estado no Brasil não foi somente militar, mas também civil. Na época, a sociedade brasileira tornou-se profundamente polarizada, em razão da crença de que o Brasil, sob a presidência de João Goulart, iria se juntar a Cuba no bloco comunista na América Latina. Influentes homens políticos, os magnatas das grandes mídias, a igreja católica, os grandes proprietários de terras, os homens de negócios exigiram uma “contrarrevolução” por parte das forças armadas para reverter o governo. A sociedade estava polarizada entre dois modelos de desenvolvimento: um baseado na criação de uma indústria nacional, pregando uma maior independência do capital internacional. Esse modelo visava também um planejamento regional e impulsionar reformas estruturais, reforma agrária, reforma do sistema de educação, entre outros. O outro modelo defendido pelos setores conservadores da sociedade pregava um desenvolvimento econômico ligado às empresas nacional e multinacional, uma agricultura intensiva, voltada à exportação. Esse modelo preconizava uma maior ligação com os capitais estrangeiros e os grandes proprietários de terra. O confronto entre essas duas visões aconteceu no contexto geopolítico global dominado pela Guerra Fria. Com o apoio dos Estados Unidos, as forças conservadores organizaram grandes manifestações populares que pediram abertamente uma intervenção militar. A doutrina da segurança nacional era então o pilar para combater a ameaça comunista.

Os militares brasileiros não gostavam do uso do termo ditadura e foi através de uma imensa propaganda de todos os meios de comunicação, principalmente com o apoio da rede de televisão Globo, que eles conseguiram forjar uma imagem positiva do golpe de estado junto à opinião pública brasileira. O proprietário da rede, Roberto Marinho, declarava:

“Nós participamos da Revolução de 1964, nós nos identificamos com as aspirações nacionais de preservação das instituições democráticas ameaçadas pela radicalização ideológica, as greves, os problemas sociais e a corrupção generalizada. Quando nossa redação foi invadida pelas forças antirrevolucionárias, ficamos firmes em nossa posição. Continuamos a apoiar o movimento vitorioso desde os primeiros instantes da tomada de poder até o processo de abertura em curso, que deveria se consolidar com nomeação do novo presidente.” (1)
Será deste modo, que a ditadura entrou no imaginário do povo brasileiro como um tipo de pseudodemocracia salvadora da pátria! Até hoje, uma boa parte das forças armadas fazem um escândalo quando se fala da ditadura. Os militares sempre contaram com o apoio de setores conservadores, de segmentos da direita e da grande imprensa que festejam o 31 de março como a data da “gloriosa revolução”. Fazem de tudo para tentar apagar esse passado e esquecer esse período sombrio da história política brasileira em nome, segundo eles próprios, da harmonia nacional
Quais formas de resistência tiveram lugar na época e como marcaram a sociedade brasileira?
A ausência de democracia não impediu a organização da resistência. O sentido da resistência no Brasil é muito amplo e as estratégias são muito diferentes. Ela vai de pequenos grupos armados próximos da revolução cubana e de outras que questionavam as orientações dos partidos comunistas aliados à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Houve também organizações de direitos humanos, grupos organizados no seio da igreja católica, ligados ao que se chama Teologia da Libertação, pastorais, organizações comunitárias, grupos de defesa da cidadania, grupos de mulheres, grupos de defesa cultural e ambiental, organizações de educação popular. Sem contar a participação ativa de muitos artistas, cineastas, jornalistas, intelectuais, cantores. Todo esse terrorismo cultural dos ditadores não impediu a resistência artística de confrontar a censura utilizando metáforas e mensagens disfarçadas. A música e o teatro tiveram uma produção incrível nos anos de chumbo. Os artistas conseguiram contornar a censura mas não puderam permanecer no país, a ditadura expulsou e forçou vários artistas e se exilar. Ao fim dos anos 70, houve um imenso empobrecimento cultural no Brasil. Quanto aos jornalistas que desafiaram a ditadura, eles deixaram uma lição à nova geração: vale a pena lutar pela liberdade de expressão! Que o jornalismo de qualidade pressupõe a liberdade de expressão e diversidade de fontes, temas e conteúdos, para que a sociedade possa ser informada da maneira mais ampla possível e poder participar da vida do país.

Todos esses grupos, que foram muito importantes nessa época, desenvolveram ações contra a ditadura. A resistência se organizou em toda parte, de norte a sul do país. Contudo, o processo de democratização do país vai se dar de forma muito lento.

Como os cidadãos, os democratas, os movimentos sociais, ligados aos movimentos de solidariedade internacional, puderam superar a ditadura e participar da emergência de uma nova democracia?
Temos que fazer jus e homenagear os movimentos sociais, as organizações populares que muito contribuíram ao processo de democratização no Brasil. Sob a proteção dos setores mais progressistas das igrejas (católica e protestante), e, com o apoio da solidariedade internacional, essas organizações sociais continuam realizando seu trabalho de educação e cultura. Esses movimentos rejeitaram a versão oficial da pseudodemocracia. Através da educação popular, os adeptos de Paulo Freire desenvolveram uma metodologia da resistência nos lugares mais perdidos deste imenso território. Apesar da repressão, que segue durante todo o período da ditadura, “a pedagogia do oprimido” (Paulo Freire) vai continuar sua obra na clandestinidade, nas favelas, nos bairros populares, com o objetivo de se deixar educar uns aos outros para socializar o conhecimento de cada um em benefício de um projeto coletivo de transformação. Nos anos 80, apareceram novos movimentos (o Movimento dos Sem Terra), seguidos de outros movimentos urbanos, as ONGs de desenvolvimento se reestruturaram. Num primeiro momento um pouco disperso e frequentemente frágil, todavia, vão desenvolver o combate para acelerar o processo de democratização do Brasil e contribuir na formação da cidadania.

É necessário frisar que um dos combates mais significativos desse período de transição democrática no país foi a proposta de uma nova Constituição no Brasil, que completou 25 anos este ano. Todas essas organizações tiveram um papel muito importante porque conseguiram realizar uma grande mobilização nacional e apresentaram mais de 3000 propostas da nova sociedade civil que estava emergindo no Brasil.

A promulgação da Constituição de 1988 foi sem qualquer dúvida uma etapa histórica para a democratização do país, ela ampliou os direitos individuais e reforçou a democracia no Brasil. Em 1989, foram as primeiras eleições diretas para presidente desde 1960, e, pela primeira vez essa geração vai exercer sua cidadania.
Contudo, na jovem democracia brasileira, é necessário continuar a lutar para imprimir uma nova cultura democrática fundada sobre a cidadania ativa, pois se a democracia é tributária do cidadão, então a participação coletiva e o diálogo são indispensáveis.
Qual trabalho de memória e qual transmissão frente às gerações atuais?
Torna-se difícil de imaginar que houve uma demora de quase 28 anos (depois da “transição democrática”) para que a Comissão Nacional da Verdade (CNV), encarregada de fazer luz sobre os abusos cometidos durante os anos de chumbo, tenha podido ver a luz do dia! Até recentemente, não se podia evocar esse período aos jovens, como se o medo tivesse atravessado as gerações. Infelizmente, essa parte de nossa história política ainda é tabu. Tem-se uma história mal contada nos manuais escolares. A jovem geração que viveu sob a ditadura e os que nasceram a partir de 1964 vão aprender que os princípios de base do ensino de educação moral e cívica são: ordem, segurança, integração nacional, culto à pátria. O slogan Brasil era: ame ou deixe.
Esses símbolos punham em valor um patriotismo exagerado, estavam destinados a permitir uma fusão do pensamento reacionário, conservador e católico.
Por esta razão, o estabelecimento da Comissão da Verdade vai permitir reunir vários pedaços da história vencida pelas mulheres e homens que lutaram pela democratização do Brasil e, assim, contar a história de um período que prejudicou toda forma de expressão cultural e de liberdade de expressão.

A Comissão da Verdade é uma etapa importante, mas é preciso manter a pressão para modificar a lei de anistia e determinar quem é responsável. A comissão, por exemplo, pode interrogar, é claro, antigos torturadores, mas não conseguirá nada enquanto o exército se recusar a abrir seus arquivos.

Por isso, a luta pela democratização no Brasil não acabou e exige sempre a vigilância, pois infelizmente ainda existe no Brasil numerosos nostálgicos desse período.

A anistia concedida pelos militares foi um acordo negociado, um acordo muito ambíguo, pois pressupunha um sentimento de anistia recíproca. Sob o termo “anistia” foram reunidos em pé de igualdade vítimas e executores. Isso traduzia o peso dos diferentes setores e das classes sociais dominantes na época onde o estado correlação de forças estava antes favorável aos defensores da ditadura. De tal sorte que todo esse período obscuro, trágico de nossa história política, permaneceu um tabu. Chegou a hora de se construir uma memória que se oponha à memória oficial e de defender os verdadeiros valores democráticos.
Toda essa história da resistência à ditadura militar no Brasil ficou relegada ao subsolo da história. Uma só verdade foi imposta à juventude brasileira.
O pior foi o silêncio das instituições brasileiras, e também da sociedade, na pós-ditadura. O comportamento dos democratas em não confrontar os crimes do passado é chocante, escreveu Edson Teles Políticas do silêncio – A memória do Brasil pós-ditadura.
Apagar da memória os crimes cometidos pela ditadura é apagar da memória as lutas levadas contra ela. Por isso, os documentários hoje têm um papel fundamental, principalmente para a juventude brasileira que jamais pode ter elementos de reflexão sobre esse período.
Certos documentários chegam para preencher o vazio deixado pela ausência de uma historiografia política e pela amnésia imposta por esses anos obscuros.
Levar a verdade ao conhecimento da sociedade sobre as violações dos direitos humanos, sobre as formas de resistência à ditadura, é também uma contribuição à construção da memoria politica.
Apagar a memória desse passado traumatizante é querer impedir que a sociedade possa conhecer a verdade sobre a violência política imposta pela ditadura. A geração que lutou pela democracia no Brasil foi tratada quando da ultima campanha presidencial como terroristas.
O Brasil ainda está num processo de amadurecimento de sua democracia.
(1) Roberto Marinho, no jornal O Globo, edição n° 1.596, 7 de outubro de 1984
Marilza de Melo Foucher é doutora em Economia, analista politica, jornalista e correspondente do Correio do Brasil na França.

Traduçao de Fábio Khouri
Fonte: Correio do Brasil

Análise Suzuki GSX 1250FA

Com ABS de série é a sport-touring de alta cilindrada mais barata  até o momento: R$ 39.900

 
 
 
 
 
 
 
Durante a avaliação, a Suzuki GSX 1250FA fez 15,4 km/ o que lhe deixa com autonomia média de 290 km
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  • A posição de pilotagem da Suzuki GSX 1250FA é um meio termo entre a esportividade e o conforto
  • Durante a avaliação, a Suzuki GSX 1250FA fez 15,4 km/ o que lhe deixa com autonomia média de 290 km Apesar de seu tamanho e peso, contornar curvas rápidas com a GSX 1250FA pode ser muito divertido Duplo disco dianteiro de 310 mm é mordido por pinças Tokiko e conta com auxílio do ABS A frenagem traseira é feita por pinça única Tokiko que morde disco simples de 240 mm e conta com ABS O assento em dois níveis tem espuma larga e macia, além de ajuste de altura: 805 mm e 825 mm Um bem vindo cavalete central ajuda o piloto na hora de carregar a motocicleta com bagagens A frenagem traseira é feita por pinça única Tokiko que morde disco simples de 240 mm e conta com ABS O motor de tetracilíndrico gera 98 cv a 7.500 rpm e torque de 11,01 kgfm as 3.700 rpm Com uma receita simples, a Suzuki GSX 1250FA é amigável, potente, confortável e prazerosa de pilotar Por R$ 39.900, a GSX 1250FA é a sport-touring de alta cilindrada mais em conta do mercado De ponta a ponta, a Suzuki GSX 1250FA tem mais de dois metros de comprimento e pesa 257 kg A posição de pilotagem da Suzuki GSX 1250FA é um meio termo entre a esportividade e o conforto Por trabalhar melhor em médios regimes, essa Suzuki exige poucas trocas de marcha, mesmo na cidade
     
 
 
 
As motocicletas estão cada vez mais carregadas de recursos tecnológicos voltados para o auxílio do piloto. Porém, às vezes, uma receita simples, pode ser garantia de sucesso. Esse é o caso da Suzuki GSX 1250 FA, que desembarcou no Brasil no meio de 2013. A máquina nada mais é que uma versão carenada da Bandit 1250S: a letra “F” significa fully faired (totalmente carenada) e o “A” é para ratificar a presença do sistema de freios ABS de fábrica. Além disso, outros itens como cavalete central de série, novo painel de instrumentos, suspensão dianteira revisada e novo escapamento a diferenciam da naked.
Fora o equipamento que não permite que as rodas travem, o principal atrativo dessa sport-touring da Suzuki no Brasil é seu preço sugerido, R$ 39.900. Mas, não deixe que o valor e o design conservador enganem você. A GSX 1250FA é um lobo em pele de cordeiro. Ela faz juz tanto a seu lado “Sport”, quanto a seu lado “Touring”. As carenagens e a bolha dianteira protegem o condutor do vento e das adversidades da estrada, enquanto seu motor de quatro cilindros em linha e 1.255 cm³ é capaz de levá-la a mais de 200 km/h com muita facilidade. 
Ciclística agradável
A fim de atingir um meio termo entre o conforto em longas viagens e uma pilotagem mais esportiva, a Suzuki optou por um clássico chassi tubular em aço. Graças à sua boa ergonomia, o piloto consegue permanecer horas e horas sobre a GSX 1250FA. O guidão mais alto, somado à posição das pernas e pés, deixa um bom espaço para a movimentação do corpo do piloto e oferecem muito conforto para os ocupantes, sem perder a esportividade. O assento em dois níveis conta com espuma larga e macia, além de um pequeno apoio para a lombar do condutor. Há também a possibilidade de ajuste da altura do banco, com opções de 805 mm e 825 mm, tornado-a mais democrática. Seu peso total, em ordem de marcha, é de 257 kg, mas esta Suzuki esconde isso com uma ótima maneabilidade. Em movimento, o piloto nem percebe seu peso real.
A carenagem integral e o parabrisa ajudam a tornar a vida do piloto sobre a moto ainda mais confortável. Sem sofrer com a resistência do vento, o condutor consegue percorrer trechos mais longos de maneira mais natural. No entanto, os mais altos ainda receberão um pouco de vento na cara, pois a “bolha” dianteira é um tanto baixa. A Suzuki oferece um parabrisa maior, como acessório, claro. O novo painel de instrumentos conta com tacômetro analógico e velocímetro digital. “Dentro” do conta-giros, há um bem-vindo indicador de marcha engatada e do lado direito, junto ao velocímetro digital, todas as informações básicas são mostradas em tela de LCD, como temperatura do motor, hodômetro total e parcial, medidor de combustível e relógio. 
Simples, o conjunto de suspensão traz garfo telescópico com amortecedores de 43 mm de diâmetro e suspensão traseira com único amortecedor e sistema link progressivo, ambas com ajuste de pré-carga da mola. Com a configuração de fábrica, o conjunto oferece boa estabilidade e copia fielmente as imperfeições do solo. Mesmo com duas pessoas, o amortecimento é eficaz, e apenas em buracos mais fundos a suspensão deu “fim de curso”. Nas frenagens, a frente mergulha com segurança, enquanto a traseira permanece firme, dando maior controle ao piloto. A configuração que sai de fábrica é no meio termo, entre o conforto para longas viagens e a esportividade.
A GSX 1250FA é capaz, sim, de contornar curvas como uma verdadeira superesportiva, principalmente graças à ótima aderência dos pneus Bridgestone Battlax BT021F de medidas 120/70 – 17 na dianteira e 180/55 – 17 na traseira. Muito bem balanceada, a moto requer o mínimo de esforço do piloto, tanto na entrada, quanto na saída das curvas.
Frear essa motocicleta de 257 kg em ordem de marcha não é trabalho fácil. Por isso, a Suzuki equipou a GSX 1250FA com duplo disco dianteiro mordido por pinças Tokiko de quatro pistões, cujo manete é ajustável. Na traseira, disco simples com pinça de um pistão. O freio seria ainda melhor se o ABS fosse um pouco mais suave ao entrar em atuação. Entretanto, o sistema é eficaz e, claro, a última coisa que você irá pensar em uma frenagem de emergência é na suavidade do ABS. O manete da embreagem, que também é ajustável, é um pouco duro e pode ser cansativo quando utilizado por muito tempo no trânsito intenso. 
Motor de 98 cv 
Os números da ficha técnica já indicam que esse propulsor trabalha melhor em médios regimes. O motor DOHC (duplo comando de válvula) de quatro cilindros em linha e 1.255 cm³, 16 válvulas e de arrefecimento líquido atinge seu torque máximo de 11,01 kgf.m logo aos 3.800 giros. A GSX 1250FA libera toda sua força nas primeiras aceleradas de maneira tão silenciosa e suave que o piloto tem que olhar constantemente para o velocímetro para não abusar da velocidade. Com seu motor trabalhando melhor em baixos e médios giros, a 1250FA economiza muitas trocas de marcha do piloto, tanto na cidade, quanto na estrada. Nas ultrapassagens em rodovias, poucas vezes sentimos necessidade de reduzir a marcha.
A cavalaria de “apenas” 98 cavalos de potência as 7.500 rpm não impressiona: se compararmos com outras motocicletas da categoria sport-touring, como a Kawasaki Concours 14 (155 cv). Por outro lado, a Suzuki GSX 1250FA é menos pesada, cerca de 40 kg mais magra. Essas características a tornam uma motocicleta amigável, fácil de pilotar, mas sem deixar seu lado esportivo. Seu tamanho pode assustar, mas a resposta do acelerador é tão suave e linear que compensa a falta do controle de tração. Se tiver um ponto fraco no conjunto transmissão e motor é a caixa de câmbio. Os engates são perfeitos, porém muito duros e barulhentos. 
Durante nosso teste, a Suzuki GSX 1250FA mostrou-se um tanto “beberrona”: média de 15,4 km/l em trechos de estrada e cidade. Dessa forma, seu tanque de combustível com 19 litros de capacidade tem uma autonomia média de 290 km. Ou seja, antes mesmo do condutor se sentir cansado (pilotamos um tanque e meio), a motocicleta já está pedindo mais gasolina. 
Receita Simples, mas funcional
Lembra das festas de 15 anos nas quais você sempre quis dançar com a garota mais bonita da escola, mas quando a levava para a pista de dança você percebia que, apesar de ser linda e arrancar suspiros de todos, ela não tinha conteúdo e não despertava fortes emoções? Pois bem, essa Suzuki é totalmente o contrário. É aquela menina tímida, bonitinha e que não atrai muitos olhares, mas na hora do “vamos ver”, te leva aos mesmos lugares da garota linda, mas de maneira mais racional. Você não precisa ser o garoto mais popular do colégio para arrancar-lhe um sorriso. A simplicidade e a funcionalidade lhe bastam.
E é exatamente assim que o condutor se sente a bordo da GSX 1250FA. Ela não é a mais bonita, nem a mais tecnológica, ou a mais rápida. Porém, por seu valor de aquisição, não há nenhum outro modelo em sua categoria que se equipare a ela. É uma moto “redonda”, gostosa de pilotar, amigável e confortável e condizente com seu preço pelo que oferece. No mercado brasileiro, as concorrentes diretas da GSX 1250FA são bem mais caras, mas oferecem mais tecnologia: Kawasaki Concours 14 (R$ 71.910) e Honda VFR 1200F (R$ 67.583). Ou seja, a sport-touring da Suzuki é sim uma escolha racional e boa para o bolso.
Ficha técnica
SUZUKI GSX 1250FA
Motor Arrefecimento líquido, 16 válvulas, DOHC, quatro cilindros em linha.
Capacidade cúbica 1.255 cm³
Potência máxima (declarada) 98 cv a 7.500 rpm
Torque máximo (declarado) 11,01 kgf.m a 3.700 rpm
Câmbio Seis marchas
Transmissão final corrente
Alimentação Injeção eletrônica
Partida Elétrica
Quadro Tubular em aço
Suspensão dianteira Garfos telescópicos amortecimento hidráulico, mola helicoidal, com ajustes de pré carga da mola
Suspensão traseira Balança articulada tipo link de monoamortecimento hidráulico
Freio dianteiro Disco duplo de 310 mm de diâmetro (ABS)
Freio traseiro Disco simples de 240 mm de diâmetro (ABS)
Pneus 120/70-17 (diant.)/ 180/55-17 (tras.) Bridgestone Battlax BT021F
Comprimento 2.130 mm
Largura 790 mm
Altura 1.245 mm
Distância entre-eixos 1.485 mm
Distância do solo 135 mm
Altura do assento 805 mm / 825 mm
Peso em ordem de marcha 257 kg
Peso a seco Não disponível
Tanque de combustível 19 litros
Cores Branca, Preta e Azul
Preço sugerido R$ 39.900,00
Fontes: motos.icarros.com.br

domingo, 8 de dezembro de 2013

Motos mais roubadas e furtadas do País

Hornet continua sendo a mais visada, seguida da XT 660

As motos Honda CB600, Yamaha XT660 e Honda CB300 foram as mais roubadas e furtadas no primeiro semestre de 2013 no Brasil. Quem afirma é o Grupo Tracker, empresa de rastreamento.
"Nosso índice de recuperação no segmento motos está em 95%. Só nesse período, o Grupo Tracker evitou um prejuízo de R$1.639.368", explica o diretor Nacional de Operações, Carlos Alberto Betancur.
Os eventos, segundo a empresa, aconteceram principalmente nas cidades de São Paulo (77%), Diadema (6%), São Bernardo do Campo (4%), Ferraz de Vasconcelos (3%) e Rio de Janeiro (3%).
Confira o ranking de roubos e furtos:
1º Honda CB600                                  19,7%
2º Yamaha XT66                                   12,1%
3º Honda CB300                                    9,1%
4º Kawasaki Z750                                  7,6%
5º Honda CBR600                                  6,1%
6º Honda Falcon                                      6,1%
7º Yamaha Fazer                                     6,1%
8º Honda CBR1000                                4,5%
9º Yamaha R1                                          4,5%
10º Honda CG150                                  3,1%
11º Suzuki Bandit 650                             3,1%
12º Suzuki GSX R1000                           3,1%
13º Yamaha XJ6N                                    3,1%
14º Yamaha YZFR6                                  3,1%
15º BMW S1000RR                                 1,5%
16º Honda CB1000                                 1,5%
17º Honda CBR900                                 1,5%
18º Honda CBX250                                 1,5%
19º Kasinski GT250                                 1,5%
20º Kawasaki 250R                                 1,5%

Como pode ser visto acima a Honda CB 600, a Yamaha XT 660 e a Honda CB 300 foram os modelos mais roubados no primeiro semestre de 2013. Juntos, os três modelos representaram 40,9% de todas as ocorrências registradas no segmento nos seis primeiros meses do ano (referente apenas aos segurados da empresa).

Obs: Os números acima refletem apenas as ocorrências com motocicletas de clientes da empresa rastreadora que expediu as estatísticas, não valendo como universo das motos roubadas ou furtadas nas cidades citadas.
Fonte: Grupo Tracker e Estadão

Abaixo, as motos mais roubadas até novembro de 2013, segundo dados do Denatran, divulgados no G1:


10 motos mais roubadas no Brasil até novembro
Lista de seguradoras considera números do Denatran.
Modelos mais vendidos no país, Honda CG 150 e CG 125 lideram ranking.

A Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNseg) listou, a pedido do G1, as motos mais roubadas ou furtadas no Brasil de janeiro a novembro deste ano. Para estabelecer o ranking, a entidade se baseia no banco de dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

Segundo as seguradoras, foram registrados, no total, 73.128 casos envolvendo motos nos primeiros 11 meses do ano. O número mais atualizado da frota brasileira, segundo o Denatran, é de setembro, quando circulavam 16.598.024 motocicletas registradas.

A ordem da lista das mais roubadas leva em conta apenas o número de casos, sem considerar a frota de cada veículo para gerar um ranqueamento proporcional. Assim, a Honda CG 125 e a CG 150, duas das motocicletas mais vendidas no Brasil, aparecem sempre no topo.

A Honda domina a lista das dez mais (veja abaixo) porque é a marca que domina o mercado -de acordo com números da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave, 79,6% das motos vendidas de janeiro a novembro são dela.

DEZ MOTOS MAIS ROUBADAS NO BRASIL *de janeiro a novembro 2013

modelo                                                          número de casos

Honda CG 125                                                          20.875
Honda CG 150                                                          11.513
Honda CBX                                                                 6.277
Honda NXR 150                                                          5.000
Honda C100                                                                 4.639
Honda Biz                                                                     4.014
Yamaha YBR                                                                3.881
Yamaha Fazer                                                               2.332
Honda XR                                                                    1.833
Honda NX-4                                                                1.793

Fonte: Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg)

Os casos de roubos e furtos de motos esportivas e de luxo têm ganhado destaque na imprensa. Na última quinta-feira (29), um casal que viajava com uma Honda CBR 1000 RR foi morto a tiros após tentativa de assalto na Avenida dos Bandeirantes, em São Paulo. A polícia civil considera essa como uma das vias mais visadas pelos ladrões de motos na cidade
Fonte: G1

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Músicas de protesto à Ditadura no Brasil

golpe militar de 1964 instaurou no Brasil uma forte censura, praticada através dos Atos Institucionais (AI’s)criados para aumentar a repressão do Estado sobre a população ou qualquer manifestação que fosse contrária ao governo imposto no país. Não demorou para a música – enquanto manifestação artístico-cultural de forte teor político – estar entre os principais alvos da censura. Mas nem isso calava a voz dos artistas. Assim, conheça 10 músicas de protesto à Ditadura Militar.
Se você curte este tema e deseja ler algo para aprofundar ainda mais no assunto, sugerimos a leitura do livroCale-se: Mpb e Ditadura Militar, que trata das letras das canções compostas nos anos mais duros da ditadura (1964 a 1974), e reforça a ideia de que a música serviu – e serve – como uma importante ferramenta de comunicação, carregando mensagens (as mais variadas possíveis) com as palavras e frases que formam suas letras.
Livro Cale-se, Mpb e a Ditadura Militar
Vale ressaltar que nem todas as músicas foram criadas como forma de protesto. Por exemplo, alguns cantores, como Caetano Veloso e Gilberto Gil, compunham músicas com forte teor político e social, mas nem sempre faziam críticas diretas à ditadura. Porém, são citadas por fazerem parte de um momento histórico único em nossa história, caracterizado pela efervescência cultural.
Tentei encontrar as versões originais das músicas, para mostrar o clima da época e a relação dos artistas com seu público. Porém, isto compromete um pouco a qualidade do vídeo. Mas vale a pena. Confiram!

1- Alegria, alegria

A música Alegria, Alegria foi lançada em 1967, por Caetano Veloso. Valorizava a ironia, a rebeldia e o anarquismo a partir de fragmentos do dia-a-dia. Em cada verso, revelações da opressão ao cidadão em todas as esferas sociais. A letra critica o abuso do poder e da violência, as más condições do contexto educacional e cultural estabelecido pelos militares, aos quais interessava formar brasileiros alienados.
Trecho: O sol se reparte em crimes/Espaçonaves, guerrilhas/Em cardinales bonitas/Eu vou…

2- Caminhando

Caminhando (Pra não dizer que falei das flores) é uma música de Geraldo Vandré, lançada em 1968. Vandré foi um dos primeiros artistas a ser perseguido e censurado pelo governo militar. A música foi a sensação do Festival de Música Brasileira da TV Record, se transformando em um hino para os cidadãos que lutavam pela abertura política. Através dela, Vandré chamava o público à revolta contra o regime ditatorial e ainda fazia fortes provocações ao exército.
Trecho: Há soldados armados / Amados ou não / Quase todos perdidos / De armas na mão / Nos quartéis lhes ensinam / Uma antiga lição: De morrer pela pátria / E viver sem razão

3- Cálice

A música Cálice, lançada por Chico Buarque em 1973, faz alusão a oração de Jesus Cristo dirigida a Deus no Jardim do Getsêmane: “Pai, afasta de mim este cálice”. Para quem lutava pela democracia, o silêncio também era uma forma de morte. Para os ditadores, a morte era uma forma de silêncio. Daí nasceu a ideia de Chico Buarque: explorar a sonoridade e o duplo sentido das palavras “cálice” e “cale-se” para criticar o regime instaurado.
Trecho: De muito gorda a porca já não anda (Cálice!) / De muito usada a faca já não corta / Como é difícil, Pai, abrir a porta (Cálice!) / Essa palavra presa na garganta

4- O bêbado e o equilibrista

O bêbado e o equilibrista, foi composto por Aldir Blanc e João Bosco e gravado por Elis Regina, em 1979. Representava o pedido da população pela anistia ampla, geral e irrestrita, um movimento consolidado no final da década de 70. A letra fala sobre o choro de Marias e Clarisses, em alusão às esposas do operário Manuel Fiel Filho e do jornalista Vladimir Herzog, assassinados sob tortura pelo exército.
Trecho: Que sonha com a volta / Do irmão do Henfil / Com tanta gente que partiu / Num rabo de foguete / Chora! A nossa Pátria Mãe gentil / Choram Marias e Clarisses / No solo do Brasil…

5- Mosca na sopa

Mosca na sopa é uma música de Raul Seixas, lançada em 1973. Apesar das controvérsias acerca do sentido da música, a letra faz uma referência clara à ditadura militar. Através de uma metáfora, o povo é a “mosca” e, a ditadura militar, “a sopa”. Desta forma, o povo é apresentado como aquele que incomoda, que não pode ser eliminado, pois sempre vão existir aqueles que se levantam contra regimes opressores.
Trecho: E não adianta / Vir me detetizar / Pois nem o DDT / Pode assim me exterminar / Porque você mata uma / E vem outra em meu lugar…

6-É proibido proibir

É proibido proibir é uma música de Caetano Veloso, lançada em 1968. Esta canção era uma manifestação das grandes mudanças culturais que estavam ocorrendo no mundo na década de 1960. Na apresentação realizada no Teatro da Universidade Católica de São Paulo, a música de Caetano foi recebida com furiosa vaia pelo público que lotava o auditório. Indignado, Caetano fez um longo e inflamado discurso que quase não se podia ouvir, tamanho era o barulho dentro do teatro.
Trecho: Me dê um beijo meu amor / Eles estão nos esperando / Os automóveis ardem em chamas / Derrubar as prateleiras / As estantes, as estátuas / As vidraças, louças / Livros, sim…

7-Apesar de você

Depois de Geraldo Vandré, Chico Buarque se tornou o artista mais odiado pelo governo militar, tendo dezenas de músicas censuradas. Apesar de você foi lançada em 1970, durante o governo do general Médici. A letra faz uma clara referência a este ditador. Para driblar a censura, ele afirmou que a música contava a história de uma briga de casal, cuja esposa era muito autoritária. A desculpa funcionou e o disco foi gravado, mas os oficiais do exército logo perceberam a real intenção e a canção foi proibida de tocar nas rádios.
Trecho: Quando chegar o momento / Esse meu sofrimento / Vou cobrar com juros. Juro! / Todo esse amor reprimido / Esse grito contido / Esse samba no escuro

8- Acender as velas

A música Acender as velas, lançada em 1965, é considerada uma das maiores composições do sambista Zé Keti. Esta música inclui-se entre as músicas de protesto da fase posterior a 1964. A letra deste samba possui um impacto forte, criado pelo relato dramático do dia-a-dia da favela. Faz uma crítica social as péssimas condições de vida nos morros do Rio de Janeiro, na década de 1960.
Trecho: Acender as velas / Já é profissão / Quando não tem samba / Tem desilusão / É mais um coração / Que deixa de bater / Um anjo vai pro céu

9- Que as crianças cantem livres

Que as crianças cantem livres é uma composição de Taiguara, lançada em 1973. No mesmo ano, o cantor se exilou em Londres, tendo sido um dos artistas mais perseguidos durante a ditadura militar. Taiguara teve 68 canções censuradas, durante o período de maior endurecimento do regime, no fim da década de 1960 até meados da década de 1970.
Trecho: E que as crianças cantem livres sobre os muros / E ensinem sonho ao que não pode amar sem dor / E que o passado abra os presentes pro futuro / Que não dormiu e preparou o amanhecer…

10- Jorge Maravilha

Jorge Maravilha, lançada em 1974, é mais uma música de Chico Buarque, agora sob o pseudônimo de Julinho de Adelaide, criado para driblar a censura. Os versos “você não gosta de mim, mas sua filha gosta” parecia uma relação conflituosa entre sogro, genro e filha. Mas, na verdade, fazia alusão à família do general Geisel. Geisel odiava Chico Buarque. No entanto, a filha do militar manifestava interesse pelo trabalho do compositor.
Trecho: E como já dizia Jorge Maravilha / Prenhe de razão / Mais vale uma filha na mão / Do que dois pais voando / Você não gosta de mim, mas sua filha gosta
Fonte: historiadigital.org