sexta-feira, 19 de novembro de 2021

FICHAMENTO LIVRO: A CRISE DE REPRESENTATIVIDADE E A JUDICIALIZAÇÃO POLÍTICA NO ESTADO PÓS-INTERVENCIONISTA

Fábio Fadel - Nilton P. Cunha

Editora KMLAW Do Brasil


INTRODUÇÃO


Política é, sem dúvida, a primeira obra científica sobre a matéria, e por  causa dela pode-se dizer que Aristóteles foi o primeiro a desenvolver a moderna ciência política. p.24

...o Estado Moderno, dirigido por forças nacionais, em que a concentração de poder estava numa unidade territorial. Nesse período nasceu e desenvolveu-se o pensamento moderno, marcado pela confiança na razão. Trata-se do "racionalismo" de René Descartes, no qual cabia a razão a tarefa de reunificar o mundo, reproduzi-lo, representá-lo. No campo do Direito ocorreu uma fratura grave: a razão veio para mitigar um dos pilares básicos desse ramo do conhecimento, a retórica e a dialética, através do racionalismo de Descartes. p26

Em grande parte, esta mudança foi decorrente de uma nova teoria do conhecimento uqe deu a nota fundamental, o tom da filosofia iluminista. Essa teoria contra-atacava o conceito divino de rei. Rejeitando a doutrina cartesiana das ideias inatas, afirmou que todo conhecimento humano deriva da percepção sensorial. O Patrono dessa nova maneira de pensar é John Locke (1632-1704). p27

As ideias de Locke foram adotadas em vários países da Europa como princípios essenciais de seus governos. ... Ideias concebidas de que todo indivíduo tem, por natureza, direitos fundamentais, de que o governo existe por obra do consentimento dos indivíduos, do povo, e seu fim essencial é a justiça, para garantir a vida, a liberdade pessoal e a propriedade privada, e que previram as constituições políticas do Estado Liberal moderno. p.27

Espírito das Leis. Dentre as novidades expostas por Montesquieu, a mais famosa delas é a teoria da separação dos poderes. Os três poderes foram então denominados com maior clareza, respectivamente como: Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário. p.28

A concepção do Estado liberal moderno foi desenvolvida a partir da Revolução Inglesa de 1688 e da Revolução Americana de 1776, e cristalizou-se com a Revolução Francesa de 1789, esta denominada também Revolução Burguesa, que contemplava hierarquias de privilégio e não era a favor de uma sociedade democrática. p. 28

O fundador da concepção democrática como a conhecemos hoje foi Jean-Jacques Rousseau. Rousseau sustentava que a soberania é indivisível e que toda soberania passa à comunidade quando se constitui a sociedade civil. Essa vontade era expressa pelo voto da maioria, que é o tribunal de última instância. O que a maioria decide é sempre justo no sentido político e torna-se absolutamente obrigatório para cada um dos cidadãos. p. 28

Obs. part: (penso que deveria ler um pouco sobre Montesquieu, algumas citações talvez, para entendermos melhor quem ele era e qual objetivo almejava. Como estava o mundo no período em que ele viveu.

Pelos fins do século XIX, começou a ganhar terreno a ideia de que não era suficiente apenas a democracia política. ... Em alguns países iniciou-se a agitação em prol daquilo que alguns teóricos denominam "democracia econômica". Entre os teóricos encontram-se Karl Max. Os adeptos de Marx dividiram-se em duas correntes, os "revisionistas e os marxistas ortodoxos", estes também chamados de "comunistas". a Revolução Russa de 1917, conhecida também como Revolução de Outubro, é encabeçada pelos ortodoxos. p. 29

Obs. part: (neste ponto sinto falta de comentar a mudança no mundo ocorrida pela Revolução Industrial)

Estas transformações até certo ponto solapam a capacidade do Estado-nação em regular, por exemplo, as condições do capital/trabalho, devido à grande influência econômica, política e ideológica do capital. Além disso, nessas últimas décadas, defende-se a adesão ás políticas neoliberais de minimização do Estado, isso acoplado à ressurreição do laissez-faire, com grande custo para a estabilidade, a segurança, a oportunidade, o crescimento e a cidadania democrática. p. 31

Obs. part: (laissez-faire = um modelo político e econômico de não-intervenção estatal), (Podereia ter situado o período e explicado um pouco mais sobre o laissez-faire).

... a verdadeira democracia, prenunciada por Rousseau, nunca existiu e nem existirá. p. 32

A Judicialização Política, em sua concepção original, tem sido necessária, urgente e importante diante da "inércia legislativa". O último poder ao qual a sociedade deve recorrer está assumindo tal papel justamente pelo princípio da "inércia jurisdicional", que só permite a ação do juiz quando provocado; no entanto, quando provocado precisa se pronunciar, o que o esta levando a se pronunciar sobre tudo. p. 36

Cabe ressaltar que a Judicialização Política não figura apenas como ascensão do Poder Judiciário, mas também como um grande desafio ao mesmo poder para assegurar ao povo, dentro da concepção de democracia representativa, de divisão de poderes, uqe não é corporativista, tampouco corrupto e que se encontra distante dos interesses econômicos dos mercados globais. O Poder Judiciário não esta vinculado ao voto popular e, portanto, não tem necessidade de submissão ao fisiologismo, comumente praticado na política atual do Estado pós-intervencionista. p. 37

Obs. part: (será que eles, os juízes, sabem disso?)

 

I
A DEMOCRACIA REPRESENTATIVA EM DECLIVE


O Estado, como um corpo organizado que ocupa um território e possui um governo efetivo independente do controle externo, foi uma instituição desenvolvida pelo homem neolítico. p. 41

A essência do Estado é a soberania, ou o poder de fazer e executar leis, preservando a ordem social pela punição daqueles que as infringirem. p. 42

Sócrates (466-399 a.C.), um dos mais notáveis atenienses, ídolo maior de seus discípulos, assim como Jesus Cristo, nada escreveu. Suas ideias foram difundidas por Platão (427-347 a.C.), com certa contrariedade ao mestre, em especial pelo entendimento de Platão de que a verdade era um conceito abstrato, portanto acessível àqueles detentores de excepcionais faculdades. Para Sócrates a verdade era um produto da razão individual e que qualquer homem podia chegar a conhecer as primeiras verdades examinando suas próprias ideias. A doutrina de Sócrates conduz aos princípios de liberdade e igualdade política. A doutrina de Platão conduz à sujeição dos indivíduos aos aristocratas. p. 45

Aristóteles trata, em A Política, da origem e natureza do Estado, suas formas de organização e funções. Para ele, a polis é uma comunidade natural: O Estado é um fato natural; o homem é por natureza um animal político destinado a viver em sociedade. p. 45

A Política é, sem dúvida, a primeira obra científica sobre a matéria, e sem Aristóteles provavelmente não haveria de se desenvolver a moderna ciência política. p. 45

 

ROMA CIDADE-IMPÉRIO


Vale destacar que a dialética grega, através das obras de Platão e Aristóteles, chegou até Roma no período republicano. Foi absorvida pelas classes instruídas, incluindo os juristas. Os gregos não fizeram tal aplicação, já que não havia uma classe específica de juristas a quem fosse confiado o desenvolvimento do Direito. Os julgamentos, na Grécia, eram basicamente realizados pelas assembleias populares, e aqueles que litigavam praticavam um discurso mais baseado em aspectos concernentes à moral e à política do que aos aspectos associados aos argumentos jurídicos. Regras e decisões jurídicas, para os gregos, não eram vistas como autoridade absoluta, mas como dados que poderiam ser, ou não, usados na construção de teorias filosóficas. p. 47

 

OS GERMÂNICOS E A ASCENSÃO DA IGREJA


... diante das incursões dos germânicos nos territórios romanos, várias tribos germânicas já eram cristianizadas, mas a maioria delas era seguidora do Arianismo e do Mitraísmo. p. 51

Obs. part: (Arianismo é uma heresia cristã fundada no século IV por Ario, um presbítero de Alexandria, no Egito. A sua doutrina baseava-se essencialmente no princípio da negação de Cristo como divindade. ... Para os arianos, Cristo não é mais do que a primeira das criaturas, um mero instrumento de Deus. Já Mitraísmo é o nome dado a uma antiga religião de mistérios desenvolvida por volta do século II a.C., na região do Mediterrâneo Oriental. Religião de mistérios, do tipo iniciático (com sete níveis de iniciação), esta excluía as mulheres das formas exteriores e regulares da liturgia).

 

A SISTEMATIZAÇÃO DO DIREITO


O papa governava os leigos em questões de fé e moral, assim como em várias outras questões civis, como casamento e herança. Após o papa Gregório VII, a Igreja adquiriu uma autoridade independente, hierárquica, pública e transnacional. A igreja passou a exercer os poderes legislativo, administrativo e judiciário de um Estado moderno. Ela aderiu a um sistema nacional de jurisprudência: o Direito Canônico, ocorrendo a divisão entre esse ramo do Direito e o Direito Secular. p. 56

 

O RENASCIMENTO E A CONCEPÇÃO MODERNA DE ESTADO


p. 60

 

O ABSOLUTISMO E O ESTADO-NAÇÃO


Estas unidades de poder, denominadas Estado-nação, estavam balizadas pelo pensamento filosófico e político, que concatenavam a ciência moderna baseada na razão e eram fundamentadas nelas, ou seja, no movimento intelectual dos séculos XVI e XVII, período em que nasceram os pensadores da sociedade moderna, tais como : Copérnico, Francis Bacon, Galileu Galilei, René Descartes, Hobbes. p. 64

É em meio a este quadro que nasce e se desenvolve o pensamento moderno, marcado pela confiança na razão. Trata-se do "racionalismo", no qual cabia à razão a tarefa de reunificar o mundo, reproduzi-lo, representá-lo. p. 64

Diante deste cenário, "penso, logo existo": a famosa fórmula do Discurso do Método passou a ser a palavra de ordem. Conhecer as coisas do mundo implica, então,  estabelecer-lhe uma nova ordem que não seja exatamente aquela que os sentidos captam, como também o que é verossímil, o que a razão impõe. Os homens se tornam, através da razão, segundo o Discurso do Método, "como que senhores e possuidores da natureza". p. 65

Além do racionalismo, Descartes também defendia a concepção de ideias inatas, nas quais o conhecimento esta presente desde o nascimento. Ele sustentava que a alma seria possuidora de certos atributos, que não necessitariam de nenhum atributo exterior para serem produzidos, e isso era uma das bases ideológicas para a defesa do absolutismo. p. 65

Outro pensados que tem uma grande aproximação com a matemática e era defensor do absolutismo, inclusive fazia parte do círculo do Padre Marin Mersenne, do qual Descartes também participava, foi Thomas Hobbes, porém sua dedicação primária era pesquisar a concepção do homem e sua natureza humana. Segundo esse filósofo, todos os homens se igualam em suas paixões, isto é, no esforço de satisfazer o desejo e afastar o indesejável. p. 66

Para Hobbes, o homem no seu estado de natureza ama a liberdade e o poder sobre os outros, e isso impulsiona ao estado de guerra. O homem, na verdade, é o lobo do homem. A maneira de conseguir segurança e uma vida pacífica era através de uma sociedade unida e representada na figura chamada Estado, em latim Civitas. Na natureza, a paz só é buscada quando se apresentar mais vantajosa do que a guerra. p. 66

Citação: (Thomas Hobbes define o direito natural (jus naturale) como a liberdade que cada homem tem de usar seu próprio poder como queira, para a conservação de sua própria vida; por conseguinte, fazer tudo aquilo que seu próprio juízo e razão considerem como os meios mais aptos esse fim. Por liberdade entende a ausência de impedimentos externos, que reduzem parte do poder do homem. Enquanto que a lei natural (lex naturales) Hobbes define como um preceito ou uma norma geral, estabelecida pela razão, em virtude da qual proíbe a um homem fazer o que pode para destruir sua vida ou privar-se dos meios de conservá-la.). p. 66

Hobbes sabe que este Estado é monstruoso. Compara-o ao monstro bíblico Leviatã - nome que dá título à sua principal obra. Na concepção de Hobbes, o Estado detém o poder ilimitado, monopolizando o recurso à violência. Mas a violência do Estado é distinta da situação de guerra no estado de natureza, pois seu objetivo é evitar a guerra, garantindo paz e segurança. O Estado representa, nessa medida, o fim do estado de natureza e a inauguração da sociedade civil.

... foi em torno do período da guerra religiosa que Maquiavel usou o termo "Estado" de forma nova para significar uma ordem social puramente secular. p. 67

Para Hobbes, o Estado é instruído quando uma comunidade de pessoas esta de acordo, qualquer que seja o homem ou a assembleia de homens, em que a maioria confere o direito de representação. p. 68

A monarquia absolutista chegou ao ápice com Luís XIV (1643-1715), rei da França. Ele achava que o país deveria girar em torno dele em sua famosa frase "L`Etat c´est moi" (O Estado sou eu). Balizado pela teoria do direito Divino, com a concentração de todos os poderes nas mãos do monarca, tal processo correspondeu aos fundamentos do seu governo absoluto. A nobreza ficou reduzida a uma classe puramente militar, os tribunais (parlamentos) passaram a ser agências judiciais do governo real onde as liberdades comuns forma suprimidas e a Igreja submeteu-se à autoridade real. p. 69

Durante o período da hegemonia das monarquias absolutas o parlamento e o judiciário eram apenas instrumentos da vontade do monarca. p. 69

Vale aqui destacar que todos os grandes movimentos sociais dos tempos modernos têm seu fundamento balizado por causas intelectuais, e com as revoluções não foi diferente, pois para as suas deflagrações houve esforços da imaginação de pensadores, tais como: John Loke, Montesquieu e Rousseau. p. 70

Nesta mesma esteira e sobre uma forte influência de Loke, o Barão de Montesquieu introduziu novos métodos e novas concepções na teoria do Estado, em seu célebre ensaio intitulado O Espírito das Leis. Dentre as novidades expostas por Montesquieu, a mais famosa é a teoria da separação dos poderes. Sua fundamentação era balizada no fato de que a tendência natural do homem é abusar de qualquer parcela de poder uqe lhe seja confiada e que, por conseguinte, todo governo, seja qual for a sua forma, é suscetível a se degenerar em despotismo. A fim de prevenir tais resultados, a autoridade do governo deve ser dividida em seus três ramos naturais: o poder legislativo, o executivo e o judiciário. O único meio eficaz de impedir a tirania é capacitar cada ramo do governo a agir como um freio para os outros dois. p. 73

 

O ESTADO LIBERAL E A DIVISÃO DE PODERES


Havia em Montesquieu um profundo ceticismo na relação homem-poder, pois, para ele, tratava-se de uma experiência eterna na qual todo homem que possui poder, consequentemente, é levado a dele abusar, até onde encontrar limites. p. 77/78

A teoria de divisão de poderes de Montesquieu não visava à implantação de uma sociedade democrática, pelo contrário, seu objetivo principal era o de impedir a supremacia absoluta da maioria, expressa como normalmente o seria pelos representantes do povo no corpo legislativo. Nem por isso teve menos influência e importância o princípio de separação dos poderes de Montesquieu. p. 79

... quando a burguesia conseguiu tomar o poder, ela só manteve a liberdade como discurso formal, numa evidente contradição, porque o direito de voto, que até a Revolução Francesa em 1789 não era por cabeça, mas sim por categorias, manteve-se como sufrágio censitário e não acessível às classes despidas de poder econômico até 1848. Foram necessárias muitas lutas e conquistas para que a burguesia admitisse a extensão dos direitos políticos de voto aos que não possuíam riquezas. p. 81

O fundador da concepção democrática como a conhecemos hoje foi Jean-Jascques Rousseau. Ele desenvolveu uma ótica de soberania completamente diversa da dos liberais. Enquanto Locke e os seus seguidores defendiam que somente uma parte do poder soberano deveria ser cedida ao Estado, permanecendo o resto nas mãos do povo (tradução: dos proprietários), Rousseau sustentava que a soberania é indivisível e que toda ela passa à comunidade quando se constitui a sociedade civil. Para ele, a homologação de cada indivíduo ao contrato social corresponde à entrega do indivíduo de todos os seus direitos à comunidade, e também à concordância em se submeter inteiramente á vontade geral. Essa vontade era expressa pelo voto da maioria, que é o tribunal de última instância. O que a maioria decide é sempre justo no sentido político, e torna-se absolutamente obrigatório para cada um dos cidadãos. ... Ao cederem os seus direitos à comunidade, os indivíduos não fazem mais que trocar a liberdade animal do estado de natureza pela verdadeira liberdade de criaturas reacionais obedientes à lei. Obrigar um indivíduo a submeter-se à vontade geral é, consequentemente, tão só "força-lo a ser livre". p. 82/83

Ele se afasta do individualismo de Locke e se apodera de Platão para obter a convicção de que a sujeição à política é essencialmente ética e, apenas de modo secundário, um problema jurídico e de poder. p. 84

Em Contrato Social (Jean Jacques Rousseau), publicado em 1762, prevalece a soberania da sociedade através da noção da vontade geral. Precisamente porque o governo é um órgão do povo, que ocupa simplesmente a posição de um comitê. p. 84

 

A DEMOCRACIA MODERNA


... a palavra "democracia" provém do grego "demos" (povo) e "cracia" (governo), que significa "governo do povo". Assim foi definida por Péricles (461-429 a.C.). p. 85

Diante deste cenário, ressalte-se que os pensadores da Revolução Francesa eram fascinados pela democracia grega, e consideravam que os atenienses criaram o princípio do Estado legal - um governo fundado em leis discutidas, planejadas, emendadas e obedecidas por cidadãos livres - e a ideia de que o Estado representa uma comunidade de cidadãos livres. Ao afirmarem que o governo era algo que as pessoas tinham criado para satisfazer as necessidades humanas, os atenienses consideravam seus governantes homens que haviam demonstrado capacidade para dirigir o Estado, e não deuses ou sacerdotes. p. 87

... "A voz do povo é a voz de Deus". É nesse sentido que a democracia política tem seu significado, ou seja, "cabe á maioria do povo o direito de falar pela nação inteira e que, na formação dessa maioria, todos os cidadãos devem ter igualdade de voto". A maquinaria do Estado democrático inclui, portanto, o sufrágio universal, eleições frequentes, o devido controle popular sobre os funcionários do governo e outras coisas semelhantes. Para que essa maquinaria funcione com eficiência, os cidadãos devem ter o direito de organizar partidos políticos e de escolher, cada um, livremente o seu partido.p. 87/88

... A democracia sustenta-se sobre a hipótese de que todos podem decidir a respeito de tudo. A tecnocracia, ao contrário, pretende que sejam convocados para decidir apenas aqueles poucos que detiverem conhecimentos específicos. p. 89

Obstáculos como os mencionados implicam o convencimento de que a verdadeira democracia nunca existiu e nem existirá - até Rousseau estava convencido disso -, pois requer que muitas condições difíceis possam ser reunidas, tais como: um Estado pequeno, "no qual ao povo seja fácil reunir-se e cada cidadão possa facilmente conhecer todos os demais", como também "uma grande igualdade de condições socioeconômicas". p. 90

Diante desses obstáculos e de várias condições difíceis de serem reunidas, compreende-se que uma filosofia política do século XVIII não conseguiria e nem conseguirá atender às demandas perante a complexidade econômica, política, social etc. dos séculos vindouros, especialmente no atual estágio da sociedade denominada por muitos de pós-moderna, pós-liveral ou neoliberal, pós-intervencionista. p. 91

 

A EMERSÃO DO ESTADO SOCIAL DE DIREITO

 

... O privilégio do voto plural. p. 92

..., já pelos fins do século XIX, começou a ganhar terreno a ideia de que não era suficiente apenas a democracia política. Por conseguinte, em alguns países iniciou-se a agitação em prol daquilo que alguns teóricos denominam "democracia econômica". Essa democracia significa que não é lícito  arrebanhar crianças nas fábricas para serem exploradas por empregadores egoístas, que os velhos não devem ser atirados ao monte de rebotalhos imprestáveis quando toda a energia de seus corpos foi exaurida pela máquina desumana, nem é justo que os operários arquem com todo o peso dos acidentes da indústria, do desemprego e da doença. p. 93

Marx defendia que os proletários deveriam se organizar em sindicatos para lutarem pelos direitos da classe; e, em partidos políticos, para transformarem toda a sociedade. Inclusive, em 28 de setembro de 1864 é fundada a Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), dirigida por Marx, que tinha como proposição proteger e emancipar a classe operária, buscando unificar todos os movimentos operários da Europa e das Américas. p. 94

Pelos fins do século XIX, os adeptos de Marx dividiram-se em duas correntes. A maioria, em quase todos os países, aderiu às doutrinas de uma seita conhecida como "os revisionistas", os quais, como indica o próprio nome, acreditavam que as teorias de Marx deveriam ser "revistas" para serem postas de acordo com as condições mutáveis. A outra corrente era formada pelos "marxistas ortodoxos", os quais sustentavam que não se deveria modificar uma única linha dos ensinamentos do mestre. p. 94

... os adeptos do "revisionismo" foram os que controlaram os partidos socialistas na maioria das nações ocidentais. p. 94

... a maioria dos "marxistas ortodoxos" desligou-se definitivamente dos partidos socialistas, e, desde então, são conhecidos como "comunistas".

 

A DEMOCRACIA MOEDA A MITIGAR A LUTA DE CLASSES

 

O poder é delegado pelo povo a uma assembleia, a um corpo legislativo soberano que faz leis e assume a forma de normas gerais universalmente aplicáveis, que não privilegiam nem prejudicam o cidadão individual ou grupos de cidadãos, já que a vontade soberana do povo, expressa através da assembleia e de suas leis, não infringirá as liberdades fundamentais, as garantias e os direitos sociais de nenhum dos cidadãos, porque essas leis são universalmente aplicáveis a todos e o povo, em seu conjunto, não consentirá em infringir aqueles direitos inalienáveis que todos possuem como indivíduos: aqui esta a base da doutrina da democracia representativa. p. 98

... Uma eleição não é a pura expressão da vontade do povo, mas uma escolha entre um pequeno conjunto de organizações, isto é, os partidos políticos. p. 99

 

O MAL-ESTAR SOCIAL NA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA

 

... a internet torna-se uma poderosa ferramenta que, independente de partidos políticos, pode ser, foi e poderá ser usada à autoconvocação da massa,. pg. 101

... Por outro lado, a Internet, também pode ser usada como grande mecanismo de alienação política dos seus usuários, ... a Internet acomoda. pg. 102

Esta parece ser uma das poucas certezas que temos, ou seja, um esgotamento e desconfiança nessas instâncias, que não é específica na América Latina, como por exemplo, na Argentina e no Brasil, mas da política, das democracias representativas de um modo geral, ou seja, aos partidos políticos e aos parlamentares. p. 102

Grande parte da população não parece ter representação política de sua posição ideológica. Aquela ideia clássica de que os partidos que se colocassem contra as ações do regime vigente seriam entendidos como "de esquerda", e os defensores do governo em vigência ocupariam a ala "de direita", parece não mais existir. p. 102

Atualmente, a utilização dos termos "direita" e "esquerda" nem sempre representa a natureza mais ampla ideológica de um contexto político. Em situações diversas, muitas vezes até com frequência, vemos que antigos adversários políticos colocam suas ideologias de lado para alcançar objetivos comuns. p. 102

Em nossa sociedade tecnológica consumista, o entretenimento e a diversão são preferíveis em relação ao debate que exige a reflexão. Com isso, os intelectuais têm poucas chanses e espaços restritos dentro da mídia para gerar estímulos ao interesse pela Ciência Política. p. 105

... os mercados globais e a racionalidade neoliberal avançam, e o poder do Estado-nação em oferecer benefícios sociais esta cada vez mais fadado a diminuir estas concessões ao povo. p. 106

 

O DECLÍNIO DO PODER DO ESTADO-NAÇÃO

 

... Não se pode esperar que com a difusão, ou mesmo que ocorra (algum dia, quem sabe) a universalização do acesso à tecnologia, isso possa ser resolvido. Isso significa dizer: a tecnologia em si não vai promover o avanço da democracia, terá que ser feito pelo eleitor; com certeza ela pode contribuir significativamente nesse sentido, através das "redes", mas a participação efetiva e direta do eleitor torna-se, cada vez mais, imprescindível. p 107

... Hirst: "As instituições democráticas ocidentais não podem ser derrubadas ou contestadas de frente". A experiência do século passado leva os eleitorados democráticos a temerem qualquer partido ou grupo que defenda algum outro sistema que não a democracia de massa multipartidária. A democracia representativa pode apenas ser suplementada, não suplantada. E só pode ser suplementada de um modo que os grandes partidos possam aceitar e que o eleitorado endosse. Isso impede as mudanças institucionais radicais. As democracias representativas são conservadoras; em geral baseadas em sociedades em que a maioria das pessoas tem "bens", por poucos que sejam. É por isso que a reforma democrática é uma causa tão difícil. p. 108

Obs. part.: (Nesse ponto a imagem que surge é de um Estado que se tornou um monstro, onde se traveste de democrático, mas utiliza dessa vestimenta para viver as custas dos impostos (trabalho do povo) pago pela grande massa. Os partidos políticos são os verdadeiros donos do poder. É tudo uma grande ilusão).

Nos planos teórico e ideológico, o neoliberalismo é o antagonismo do Estado de Bem-Estar e dos direitos e garantias sociais, com a argumentação teórica de restaurar a economia de mercado como mediadora societal elementar e insuperável, concomitantemente com uma proposição política que repõe o Estado mínimo como única alternativa e forma para a democracia. p. 109

Diante da atual política econômica dos mercados globais, é ele, o mercado, que determina o espaço legítimo do Estado. ... a proposta neoliberal centra-se na total despolitização e desmobilização das relações sociais: qualquer regulação política do mercado (via Estado ou outras instituições) é uma refutação desmedida à democracia e à criação de postos de emprego. p. 110

Obs. part: (seria o caso dos combustíveis?)

Com esta desregulamentação, despolitização e desmobilização, o neoliberalismo converte-se em concepção ideal da burguesia monopolista e oligárquica financeira através da crescente e insaciável acumulação do capital e da flexibilização de todas as cadeias (política, econômica, laboral, etc), tornando-se o ponto central da ofensiva antidemocrática contemporânea ao trabalho decente. p. 111

Segundo o filósofo francês Giles Lipovetsky, "desde Rousseau, nada é mais comum que a temática da decadência da moral e da cultura". p. 114

O filósofo francês acrescenta que a cultura cotidiana, desde os anos 1950 e 19060, não é mais dominada pelos grandes imperativos do dever sacrificial e difícil, mas pela felicidade, pelo sucesso pessoal, pelos direitos do indivíduo, não mais pelos seus deveres, o que é denominada por ele de sociedade pós-moderna. p. 114

Os promotores das políticas neoliberais, da desregulamentação rápida de economia global, insistiam em defender que a desigualdade entre as nações era explicada pelo fato de que os líderes das nações mais pobres não tinham implementado a mistura correta de políticas: mercado desregulamentado, governos privatizados e sindicatos falidos. p. 116

 

A DEMOCRACIA E O DESAFIO À DEMOCRACIA REPRESENTATIVA

 

Ressalte-se que as denúncias de corrupção correspondem ao lado do poder desprezível, já que a ideia de democracia representativa é de que os representantes, ou seja, os legisladores, os mediadores entre as demandas do povo, são cidadãos que têm como primazia os interesses nacionais e isso cai por terra com tais denúncias. p. 119

Os partidos não possuem mais as clássicas ideologias que os distinguiam entre "direita" ou "esquerda", mas se transformaram em máquinas de disputar eleições. p. 120

 

2
A CRISE DE REPRESENTATIVIDADE SINDICAL

 

A GÊNESE SINDICAL

 

Na Europa Ocidental, após a queda do Império Romano início da Idade Média, os mosteiros praticamente monopolizavam a educação. O homem que mais se empenhou para converter os mosteiros em instituições de ensino, nesse período foi Cassiodoro; depois de deixar o serviço civil, fundou um mosteiro em sua propriedade e fez com que os monges trabalhassem na cópia de manuscritos. Esse sistema de educação muito contribuiu para salvar a cultura europeia de um colapso total, ou seja, deu impulso às primeiras revivescências do conhecimento que ocorreram na segunda fase da Idade Média. p. 125

Do século IX ao fim do século XIII o progresso na Europa ocidental foi, de fato, tão notável que as realizações desse período podem, com toda justiça, ser consideradas como o grande aporte ao ideal renascentista de reverência aos clássicos do conhecimento e da literatura grega e latina, que se originou nesse período e teve grande impacto nas conquistas subsequentes. p. 126

É neste período que emergem as corporações, isto é, instituições econômicas básicas das cidades medievais. Entre tais corporações encontram-se a dos mercadores e dos artífices. p. 126

Porém, no final da Idade Média as corporações foram se tornando cada vez mais exclusivas e os jornaleiros encontravam cada vez maior dificuldade para se tornarem mestres. As corporações passaram a ser dominadas pelos membros mais ricos, que se esforçavam para restringir o ofício  ás suas próprias famílias. A partir de então, restava, basicamente, à grande massa de trabalhadores a situação de proletariados, condenados a permanecerem empregados durante toda a vida. Muitos proprietários de oficinas deixaram, então, de trabalhar por conta própria e tornaram-se exclusivamente capitalistas e empregadores. p. 127

... novas instituições e modos de pensar, cuja importância é suficiente para imprimir, aos séculos que se seguem, o cunho de uma civilização diferente. O nome tradicionalmente aplicado a essa civilização, que se estendeu de 1300 a cerca de 1650, é Renascença. p. 127

Esse conjunto de transformações, que assinala a transição da economia estática e contrária ao lucro, da época medieval, contrasta com o novo e dinâmico regime do capitalismo em que, a partir do século XV e seguintes, o lucro passa a ser a mola mestra da economia do emergente sistema capitalista. p. 128


BREVE EXPLANAÇÃO DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS SINDICATOS


A Revolução Industrial é marcada pela criação de duas classes: a burguesia industrial e o proletariado. p. 129

Cabe destacar que, com o capitalismo, houve uma grande mudança em relação aos costumes e às posturas medievais. Passando a imperar o produtivismo, tornando-se revoltante para a emergente elite burguesa a indolência e o ócio. Reconheceu-se, quando necessário, inclusive o uso da força, por intermédio de legislações, para obrigar as pessoas a trabalharem. Surgem, por toda parte, concepções religiosas, filosóficas e econômicas, exaltando o trabalho como a única fonte de subsistência e riqueza. p. 130

Para que o capitalismo conseguisse se desenvolver e ampliar seu poder, era necessário o disciplinamento da força de trabalho e a coerção moral, econômica e até mesmo física do trabalhador. Tais aparatos normativos e ideológicos, através das instâncias sociais, sustentaram-se porque nenhum trabalhador livre aceitaria o labor dos quadros da miséria urbana e proletária nas minas e fábricas do início da Revolução Industrial. Já que, nas sociedades pré-industriais, eles não trabalhavam além do necessário, a ocupação destinava-se apenas à manutenção das necessidades práticas e imediatas, e não aos modelos artificiais do processo de produção/consumo que surgiram com o capitalismo, sobretudo na fase inicial da Revolução Industrial. p. 130

Cabe frisar que, além de lutas pelo direito de sufrágio, também haviam lutas por melhores condições no ambiente de trabalho. As condições das fábricas eram precárias, os salários, baixíssimos, o que obrigava todo clã familiar (crianças e mulheres) a trabalhar nas fábricas, nas carvoarias. p. 131

Os empregados chegavam a trabalhar 14 horas, e até mais, por dia. O espaço temporal era o dia, condicionado à luz solar: ao nascer do sol iniciava-se a jornada de trabalho, que só encerrava com o crepúsculo. Trabalhadores eram sujeitos até a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas, como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio-doença ou qualquer outro benefício. Tudo era arcado pelo trabalhador. p. 131

No tocante às corporações, a burguesia, temendo perder o poder que acabara de conquistar, e com a finalidade de evitar o crescimento de outros setores sociais e o surgimento de novas revoluções, passou a reprimir as organizações e os movimentos que envolvessem ameaças ao seu poder recém-conquistado e à nova ordem política e social por eles imposta. p. 132

Em detrimento destas revoltas populares, na França as corporações de ofício foram suprimidas e as associações profissionais proibidas pela Lei La Chapelier, de 1791, pois esta vetou toda espécie de coalizão de trabalhadores e empregadores, construindo, outrossim, o "primeiro instrumento legal da burguesia no poder, para deter o nascimento da força sindical do proletariado". p. 132

Vale destacar o que comenta Foucault, de que a polícia de Londres nasceu, em grande parte, da necessidade de proteger os armazéns, os depósitos e os maquinários das indústrias dos burgueses capitalistas. p. 133

Na Alemanha do início do século XIX começava-se a divulgar teorias opostas à escola clássica. ... Friedrich List (1789-1846), condenava as doutrinas do Laissez-faire e da liberdade do comércio internacional. Sustentando que a riqueza de uma nação é determinada menos pelos recursos naturais do que pela força produtiva dos seus cidadãos, declara que é dever dos governos promover as artes e as ciências na cooperação em prol do bem comum. ... foi Friedrich List o precursor de uma grande linhagem de economistas alemães que se propuseram a fazer do Estado o guardião de produção e de distribuição da riqueza. Suas ideias representavam uma mistura de nacionalismo econômico e coletivismo. p. 134

O "socialismo científico" de Karl Marx (1813-1883). AS concepções marxistas, especialmente no campo trabalhista, deram impulso a discussões, como a proteção ao trabalhador e a organização sindical. p. 135

A partir desse cenário, o operário passou a ter maior poder de barganha na negociação com os patrões, de modo que passou a garantir o mínimo necessário para a sobrevivência. p. 135

Em 28 de setembro de 1864, funda-se a Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), dirigida por Marx, que tem como proposição proteger e emancipar a classe operária, buscando unificar todos os movimentos operários da Europa e das Américas, que deveriam manter suas identidades. Considerada a Primeira Internacional, reuniu as ideias anarquistas de Bakunin e de proudhon e as ideias socialistas de Marx e de Engels. Entretanto, as divergências internas ocasionaram a dissolução da AIT em 1876. p. 135


O DIREITO Á ASSOCIAÇÃO


No início do século XX, foi definitivamente consagrado o Constitucionalismo Social com o direito de criação de sindicatos; passou a ser previsto nas constituições de diversos países, ... Surge o Tratado de Versalhes, de 1919, prevendo a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT). ... Esta codificação, segundo autores como Hobsbawn, foi decorrente do receio de que os ideários da Revolução Russa de 1917, também denominada Revolução de Outubro, se expandissem e contaminassem efetivamente os próprios países capitalistas industriais burgueses. p. 138

O Estado, para manter maior controle sobre o movimento operário, regula minuciosamente a atividade sindical, idealizando um sistema sindical burocratizante. Tanto na Argentina, com Péron, como no Brasil, com Getúlio Vargas, esses governos trazem consigo uma grande simpatia pelo fascismo. p. 141


O SINDICALISMO NO MODELO TAYLORISMO/FORDISMO


As maiores conquistas foram conseguidas pelos sindicatos suecos. Os sindicatos, pressionaram e obtiveram respaldo governamental e conseguiram passar duas leis importantes aos seus objetivos: a Lei de Codeterminação, pela qual assumem um papel dirigente na política empresarial em todas as suas dimensões; e a Lei sobre o Fundo de Investimentos, pela qual os empresários se veem forçados a reinvestir (seus lucros) ou, alternativamente, contribuir para um Fundo Nacional de Investimento controlado pelos sindicatos. p. 147

É oportuno aqui destacar que, em nível nacional, à exceção dos países escandinavos, nenhuma central Sindical Europeia conseguiu acordos com o Estado ou com os empresários. p. 148

A partir de meados da década de 70, temos a passagem para um neocapitalismo balizado pelas bases do modelo do capitalismo liberal-burguês do século XIX, da "mão-invisível", do laissez-faire, livres de regras nas relações capital/trabalho. Desse período até os dias atuais se instalou uma significativa regressão do Estado de Bem-Estar Social, acompanhada de uma crise estrutural do emprego e de um Estado cada vez menos intervencionista. p. 149


A ERA DO ESTADO DE BEM-ESTAR E PLENO EMPREGO


Keynes defendia que o capitalismo, como um sistema econômico, tinha como base essencial a instabilidade e, por conseguinte, tendia ao constante desequilíbrio. Em virtude disso tornava-se imprescindível a presença do Estado na economia de mercado. É de fato uma explicação do processo de tensão, acomodação, adaptação e evolução do capitalismo. p. 151

A intervenção estatal lhe parece um elemento fundamental às sociedades capitalistas modernas. ... em que se combinem o poder de riquezas do capitalismo com o igualitarismo da propriedade e do controle coletivos, o que passou a ser denominado "economia mista". p. 151

Obs. part.: Democracia x Capitlismo = engodo. Sugere que no modelo democrático todos podem melhorar de vida, igualdade e liberdade de direitos.

Segundo Hobsbawn, o medo dos homens de voltarem a outras formas de economia e a implantação da teoria keynesiana estavam a domesticar o poder bruto do capitalismo, sob os auspícios da democracia. p. 152

... o capitalismo tornou-se socialmente mais suportável, como também mais eficiente em termos econômicos. Temperou-se os extremos do capitalismo, a volatilidade de uma economia de mercado e de produção/consumo pautada pela desigualdade. p. 152

Neste sentido, nestas últimas décadas tem-se visto o desaparecimento gradual do Estado de Bem-Estar Social dos direitos sociais, até mesmo nos países desenvolvidos. O neoliberalismo econômico fanático do tipo thatcherista paulatinamente desmantela o Estado de Bem-Estar Sociale reduz os seus custos. p. 154

O Partido Conservador conseguiu, através da ascensão de Thatcher, quebrar a trajetória anterior, marcada por forte presença do trabalhismo inglês, alterando assim, paulatinamente e de forma significativa, as condições econômicas e sociais existentes na Inglaterra quanto à sua estrutura jurídico-institucional, de modo a se compatibilizar com a lógica do modelo neoliberal. p. 154


PRECARIZAÇÃO DAS ESTRUTURAS CORPORATIVAS


... a crise econômica era atribuída, pelos pensadores neoliberais, ao poder dos sindicatos e às suas pressões sobre salários e seguridade social. Sua superação requeria, portanto, a subjugação total dos sindicatos e a imposição do Estado. Tais ideias transformaram-se em medidas práticas quando se consolidou o predomínio de governos conservadores na Europa e nos Estados Unidos na década de 1980, o que ainda continua em curso, conjugando medidas de desregulamentação e privatização da vida social e econômica a medidas de políticas de ataque sistemático aos direitos sociais, conquistados depois de muitas lutas, e também de ideias que se tornaram medidas praticas ideológicas, econômicas e políticas no início do século XX. p. 158

Este processo de desregulamentação, flexibilidade e minimalismo do Estado em âmbito mundial leva a um acentuado e dramático aumento de níveis de desemprego e de subemprego, o que significa precarização dos trabalhadores e uma significativa exclusão do processo produtivo pelo desemprego estrutural. p. 158

25% das pessoas abaixo de 25 anos de idade permanecem desempregadas na frança. A geração como um todo está presa aos contrats à durée determinée (contratos de duração determinada, CDDs) e stages (estágios) - ambos expedientes cruéis e impiedosamente exploratórios. E em 2006 havia cerca de 600 mil stagieres na França, seu número atual é estimado entre 1,2 a 1,5 milhão. p. 160

Ronaldo dos Santos, argumenta que um sindicalismo atualizado não pode ficar alheio ás questões de repercussões sociais, como o desemprego, a criação de emprego, a proteção do trabalho informal, a inserção dos trabalhadores com deficiência no mercado, o combate ao trabalho escravo e ao trabalho infantil, a proteção ao trabalho da mulher, a qualificação dos trabalhadores desempregados, entre outras. p. 161


NOVOS HORIZONTES PARA A ATIVIDADE SINDICAL


Na atual conjuntura da sociedade denominada de pós-moderna, pós-intervencionista, há uma crise de representatividade coletiva e de legitimidade das instituições, e um profundo mal-estar social não só na autocracia, mas também na democracia, acrescido de uma crescente desconfiança no Estado liberal burguês. p. 162

Como já mencionado, grande parte da população não parece ter representação política de sua posição ideológica. Aquela ideia clássica de que os partidos que se colocassem contra as ações do regime vigente seriam entendidos como "de esquerda" e os defensores do governo em vigência ocupariam a ala "de direita", parece não existir mais. Todos parecem estar com a mesma ideologia e com um único interesse, o poder. p. 163


III
A JUDICIALIZAÇÃO POLÍTICA
A DIALÉTICA COMO MÉTODO DE SE CHEGAR À "VERDADE"
DA CIÊNCIA MEDIEVAL À CIÊNCIA MODERNA


A substituição da ciência medieval aristotélica pela ciência moderna, baseada na razão e em seus fundamentos, é fruto da Revolução Intelectual dos séculos XVI e XVII, período em que nasceram os intelectuais que delinearam a sociedade moderna, tais como : Copérnico, Francis Bacon, Galileu Galilei, René Descartes, Hobbes. p. 173

O advento da prensa tipográfica, atribuído a Gutenberg cerca de 100 anos antes impulsionou a disseminação da ciência, como por exemplo a dos símbolos matemáticos. p. 174

Neste instante, através do advento da "Encyclopédie", um grupo de pessoas cultas decide transmitir o saber num corpus de livros, não para que seja contemplado ou mesmo utilizado em um sentido apenas intelectual, mas para que seja usado como fonte de saber técnico. Isto é, para reproduzir, a um contingente maior de pessoas, o universo tecnológico que até então era um patrimônio restrito aos iluminados. Então os iluminados passaram a iluminar e tornaram-se lumi. p. 175

Um dos mais proeminentes pensadores do iluminismo foi René Descartes. p. 175

O Iluminismo alcançou seu apogeu na França, durante o século XVIII, sob a influência de Voltaire, que nasceu em 1694 e morreu 11 anos antes de rebentar a Revolução Francesa. p. 175

Deu-se início ao liberalismo e eu mentor intelectual foi outro grande pensador do Iluminismo, John Locke, defendido nos livros e panfletos por Voltaire. As ideias do liberalismo desencadearam o Estado Liberal. p. 176

O modelo racionalista da ciência moderna favoreceu a tomada de consciência da burguesia e a legitimidade de um discurso dos ideários republicano, secular e cientificista, em contraponto às visões metafísicas do mundo pré-moderno (platônico-aristotélico), apto a forjar a ideologia e o projeto revolucionário contrário às "irracionalidades" do status quo ante. p. 176


    A LEI-FONTE UNICA DO DIREITO NO ILUMINISMO




quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

FICHAMENTO: Como encantar seus clientes

Autor: Bob Miglani
Editora: SEXTANTE

1. Eles não são apenas clientes, são pessoas

Como construir uma organização (equipe, departamento ou divisão) tendo como base a satisfação do cliente.

Ao perceber que alguém precisa de ajuda, se adiante.

O cliente deve ser tratado com respeito e consideração, ou seja, da forma como tratamos os amigos.

O cliente deve deixar de pensar em sua loja como um mero estabelecimento comercial, passando a reconhecê-la como um local acolhedor e que proporciona satisfação.

O resultado é que, ao pensar assim, os clientes passam a gostar ainda mais do que é oferecido e se tornam clientes fiéis.

Tratar as pessoas com gentileza e educação não é apenas uma questão de bons modos - é bom para os negócios!

2. Saiba o nome dos clientes e conheça suas preferências

Quando você se dedica a conhecer os clientes e a tratá-los como amigos, cria laços mais fortes com eles.

Lembre-se: os frequentadores assíduos são responsáveis pela maior parte de seu faturamento. E o primeiro passo para conquistá-los é guardar seus nomes.

3. O cliente é rei

Lidar diretamente com o público é um trabalho duro, que exige atitude positiva e capacidade de enfrentar situações difíceis sem levá-las para o lado pessoal.

Às vezes, você não percebe como esta agindo até que alguém lhe chame a atenção.

Você é pago para criar valor para alguém que precisa de seu produto ou serviço, independentemente do temperamento dele.

4. Não deixe o cliente esperando

Como prestadores de serviços, precisamos respeitar isso e entregar o que nos pedem o mais rápido possível.

Devemos estar sempre atentos à chegada de um novo cliente. O atendimento precisa ser rápido e eficiente. O cliente não pode ficar esperando.

A demora é irritante, deixa um sentimento negativo. Corre o risco de que o cliente passe a associar sua loja a um serviço ineficiente.

O principal objetivo de uma loja é vender algo aos clientes.

Não adianta ter cinco vendedores e apenas dois caixas. Agilize também os serviços de pagamento.

Filas compridas geram uma impressão negativa, de falta de consideração com quem esta esperando. Crie um ambiente focado no cliente.

5. Prove seu serviço/produto de vez em quando

Se algo não for bom o suficiente para o dono, também não será para os clientes.

É preciso testar aquilo que vende para ter certeza de que cumpre o que promete.

Também tem que se preocupar com a conservação da loja e com o serviço prestado.

6. É preciso ter um padrão de qualidade

O cliente não tem conhecimento de políticas ou procedimentos internos da empresa e não esta nem um pouco interessado no que acontece nos bastidores. Seu único desejo é sber que esta levando exatamente o que pagou. Não importa se seu negócio é pequeno ou grande, sua missão é satisfazer os clientes diariamente.

Os clientes esperam receber o que pediram: nada mais, nada menos.

Não tente fazer algo extraordinário que não possa repetir.

Esforce-se para fornecer sempre o mesmo produto ou serviço de alta qualidade.

Oferecer produtos ou serviços consistentes e de alta qualidade faz com que o cliente continue batendo à sua porta.

7. Não sirva algo que não esteja bom o suficiente.

Não atribua um peso maior ao seu desejo de não perder dinheiro do que às necessidades do cliente.

O consumidor reconhece um bom produto quando o vê ou prova. Você precisa dar o seu máximo - sempre. O cliente esta disposto a lhe dar seu dinheiro suado, mas, em troca, quer qualidade. Então trate de fazer o que é certo e dê ao cliente o que ele quer.

8. Nunca se esqueça dos detalhes

É fundamental não perder de vista o produto ou o serviço que é a alma do seu negócio, que deu fama à sua empresa e que as pessoas associam à sua marca, além de ser sua principal fonte de faturamento.

9. Sempre substitua ou refaça o serviço que possa apresentar problemas

É melhor sacrificar os lucros a curto prazo em favor da imagem do seu negócio a longo prazo.

10. Sempre ofereça "algo mais"

Aumentar o valor da venda oferecendo produtos relacionados.

11. Sempre se pode oferecer algo a mais, sem cobrar por isso.

Oferecer produtos extras numa conversa casual, faz com que chegue próximo de ouvir um "sim".

Ao estabelecer uma relação com o consumidor e associar o benefício de seu produto ou serviço a um sentimento positivo, você aumenta suas chances de ser bem sucedido.

12. Sorria e faça sorrir

O primeiro contato com o cliente é muito importante.

Receber clientes com um sorriso é uma atitude importante porque define o tom do que virá pela frente.

Uma boa acolhida mostra quanto seu estabelecimento é especial. Ao receber as pessoas com um sorriso, você abre caminho para que elas saiam da loja sorrindo também.

13. O chefe não é o cliente

Se o funcionário conseguir satisfazer o cliente, então eu, como proprietário, ficarei satisfeito.

Cabe aos gerentes definir os objetivos a serem alcançados: a satisfação dos clientes, a qualidade dos produtos e serviços ou uma logística eficiente.

14. Torne-se um especialista

Aprender e se adaptar às novas tendências e tecnologias é essencial para obter sucesso nos negócios. Em qualquer ramo de atividade, os clientes estão ávidos por novidades.

Não basta se adaptar às mudanças, é preciso implementá-las com vigor incorporando-as ao dia-a-dia dos negócios.

O fundamental é não temer as mudanças. Abrace as oportunidades educando a si próprio e também a sua equipe.

15. Cobre o preço justo

Ao cogitar alterar os preços, devemos considerar quatro fatores:

Concorrência: A fidelidade dos clientes esta ligada à qualidade dos produtos, serviços e ao bom atendimento.

O teste do arredondamento: Quando definimos os preços dos produtos/serviços, geralmente se arredonda para cima quando achar que isso não vai afugentar os clientes.

Pesquisa de mercado: Deve ser feita principalmente para avaliar se esta dentro ou fora do padrão praticado pelo mercado.

O teste de culpa: Se considerar o preço alto demais para a maioria dos clientes, nada de aumento. É preciso sentir que não esta trapaceando os clientes, que esta sendo justo. Não pode ter vergonha de seus preços. E, se estiver cobrando caro, se sentirá culpado.

Não engane as pessoas, mas também não hesite em fazer o que for melhor para a saúde financeira da sua empresa.

16. Sempre existe algo precisando ser limpo

Sempre há algo que precisa ser feito. "Quando é hora de se encostar, é hora de limpar".

Encoraje os funcionários a permanecerem envolvidos com o negócio.

É importante criar políticas que encorajem a ação e que motivem sua equipe sempre em frente e tomar iniciativas.

Algumas pessoas ficam um pouco preguiçosas quando não há clientes.

17. É preciso paixão pelo trabalho

Ame seu trabalho.

É preciso ter paixão. Levantar de manhã com o propósito de agregar valor a alguma coisa, se enquadrar numa situação e saber que as pessoas vão sentir sua falta caso não apareça.

18. Trate bem seus colaboradores

Trate bem seus colaboradores e fornecedores porque é correto e também porque é bom para seu negócio. Tudo é possível quando você tem uma boa relação com as pessoas ao seu redor.

19. Invista em treinamento

Seus funcionários representam você, sua empresa e seus produtos e serviços. Portanto, não deixe de investir neles.

Se você acredita que sua equipe é um patrimônio importante, demonstre isso investindo em treinamento.

20. Cuide bem das máquinas

Perder clientes por causa de equipamentos defeituosos é um desastre que, na maioria das vezes, pode ser evitado.

21. Fique atento ao que acontece ao seu redor

Saber como será o "clima", pode nos ajudar a programar o estoque.

Ao se planejar o futuro de qualquer negócio, é preciso analisar as questões políticas, os fatores econômicos e as preferências do consumidor. Em geral, os hábitos de consumo não mudam da noite para o dia. Eles se transformam pouco a pouco, sendo influenciados, principalmente, pela geração mais jovem.

Fique atento ao que esta acontecendo ao seu redor e faça planos que estejam de acordo com as tendências. Observe para onde seus clientes se encaminham e qual é a sua posição no mercado. Olhe em volta para ver se esta seguindo na direção certa ou se há algum risco iminente para seu modelo de negócio - e faça algo a respeito.

22. Pague as contas em dia

O relacionamento entre empresas e fornecedores é baseado em respeito.

No mundo dos negócios sempre há uma troca. Se você espera que os clientes paguem por seu trabalho, deve ter a decência de pagar aos fornecedores.

O cliente que paga suas faturas no prazo é valorizado.

Mantenha as contas em dia. Essa é a coisa certa a fazer e, a longo prazo, pode gerar grandes recompensas para seu negócio.

23. Economizar faz parte do negócio

Encoraje a moderação. Pesquise preços e se esforce para encontrar novas maneiras de cortar despesas. Manter uma postura de sobriedade e frugalidade ajuda a reduzir os custos e, consequentemente, a aumentar os lucros. Andar um quilômetro a mais pode fazer a diferença no que se refere a ter sucesso nos negócios.

24. Mantenha boas relações com a vizinhança

Conheça seus vizinhos. Independentemente de serem ou não seus concorrentes, visite suas instalações e se apresente. Ofereça-lhes um café ou apenas passe para desejar um bom dia de vez em quando. Eles podem compartilhar um insight importante sobre a comunidade ou dar alguma dica prática.

25. Conheça seu produto

Responder às perguntas dos clientes com precisão influencia muito a credibilidade de seu negócio. Tenha o máximo de informações possível sobre todos os aspectos de seus produtos. Aprofunde-se, leia, pesquise - enfim, conheça esses detalhes como se seu negócio dependesse deles.

Seja curioso. Isso enriquecerá suas habilidades e permitirá que você ofereça um atendimento de qualidade aos clientes, ao mesmo tempo que evitará situações constrangedoras.

26. Ensine pelo exemplo

Incluir nos novos funcionários a importância de prestar um excelente atendimento ao cliente. Nós os encorajamos a se comunicar com simplicidade e a sorrir ao lidar com os clientes.

Nosso papel é servir de modelo do tipo de comportamento que desejamos ver na nossa equipe.

Liderança é menos uma questão de saber a coisa certa a fazer e mais uma questão de ajudar seus funcionários a obter sucesso.

A principal maneira de fazer isso é mostrando como as coisas devem ser feitas e deixando o caminho livre para que eles sigam em frente sozinhos.

27. É importante impor limites

Quando você se força a fechar no horário, acaba condicionando os clientes. Nenhum negócio compensa perder tempo precioso com a família ou prejudicar a saúde. Fechando a loja no horário, você terá mais satisfação na vida pessoal, mais disposição para dar duro no dia seguinte e mais entusiasmo pelo trabalho.

28. Diante da grosseria, seja profissional

É difícil resistir e não revidar, mas atacar o cliente é ruim para os negócios e para você também. No fundo, essa não é a coisa certa a fazer.

Se você responder a um cliente grosseiro na mesma moeda, é provável que ele nunca mais volte. Você nunca sabe que tipo de problema o outro pode estar enfrentando.

A postura correta é demonstrar humildade e profissionalismo diante da grosseria.

Seja humilde e controle seu ego. No fim das contas, tudo o que você deseja é vender seus produtos e serviços e ir para casa. Controlando seu temperamento e sendo gentil, você esta fazendo a coisa certa para sua paz de espírito e para seu negócio.

29. Os problemas são universais

É importante sair e conhecer pessoas do seu ramo. O importante é estabelecer relacionamentos com pessoas como você.

Conheça o mundo lá fora. Faça contatos. Você pode aprender uma ou duas coisas sobre seu negócio e sobre si próprio.

30. É preciso dar para receber

Dê algo de volta para a comunidade onde trabalha ou mora. O importante é se envolver e retribuir de alguma forma.

Conclusão

Algumas lições fundamentais: a mais importante é que devemos adotar as mesmas atitudes para ter sucesso na vida ou nos negócios, o que significa dedicação e comprometimento com a tarefa a ser realizada, fidelidade a determinados princípios e comportamento justo e gentil com todas as pessoas.

O que se vende é o sentimento positivo associado a uma visita à sua loja.

Agradar os clientes oferecendo uma experiência inesquecível é o que faz o trabalho valer a pena e determina o sucesso do negócio. Não importa em que ramo você atue, sempre existe a possibilidade de tratar bem os clientes - e se beneficiar com isso.

"As vezes, as coisas mais simples são as que nos ensinam as maiores lições de vida."

RESUMINDO:

1. Eles não são apenas clientes, são pessoas (Todos somos humanos).

2. Saiba o nome dos clientes e conheça suas preferências (Conheça seus clientes)

3. O cliente é rei (Valorize-o)

4. Não deixe o cliente esperando (Seja atencioso)

5. Experimente seu produto de vez em quando (Saiba o que esta vendendo)

6. É preciso ter um padrão de qualidade (Ofereça consistência)

7. Não sirva algo que não esteja bom o bastante (Ofereça qualidade)

8. Nunca se esqueça dos detalhes (É a galinha dos ovos de ouro)

9. Sempre substitua o serviço que apresenta problema (Integridade é inestimável)

10. Sempre ofereça "algo mais" (Aumente o valor das vendas)

11. Sempre se pode oferecer algo sem cobrar por isso (Toque o cliente emocionalmente)

12. Sorria e faça sorrir (Um primeiro contato positivo é crucial)

13. O chefe não é o cliente (Concentre-se no que é realmente importante)

14. Torne-se um especialista (Incorpore novas técnicas e tecnologias)

15. Cobre o preço justo (Faça a coisa certa)

16. Sempre existe algo precisando ser limpo (Estimule a ação)

17. É preciso ter paixão pelo trabalho (Ame o que você faz)

18. Trate bem seus colaboradores (Fornecedores são inestimáveis)

19. Invista em treinamento (invista em seu pessoal)

20. Cuide bem das máquinas (Fique atento à manutenção dos equipamentos)

21. Fique atento ao que acontece ao seu redor (faça planos de acordo com as tendências)

22. Pague as contas em dia (Crédito bom e condições boas)

23. Economizar faz parte do negócio (Frugalidade deveria ser um hábito)

24. Mantenha boas relações com a vizinhança (Conheça todos ao seu redor)

25. Conheça seu produto (Detalhes, detalhes e mais detalhes)

26. Ensine pelo exemplo (Seja um líder que faz)

27. É importante impor limites (Tenha uma vida fora do trabalho)

28. Diante da grosseria, seja profissional (Seja humilde)

29. Os problemas são universais (Aprenda com os outros)

30. É preciso dar para receber (Seja parte de sua comunidade)