domingo, 29 de março de 2015

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DECIDE QUE POLICIAIS APOSENTADOS NÃO TEM DIREITO AO PORTE DE ARMAS

Em decisão para lá de controversa, a primeira turma do Superior Tribunal de Justiça decide que policiais aposentados não tem direito ao porte funcional previsto na Lei 10.826/03 pois de acordo com o Decreto que regulamenta a mesma, o porte está condicionado ao efetivo exercício das funções institucionais.

"DIREITO PENAL. PORTE DE ARMA DE FOGO POR POLICIAL APOSENTADO.
O porte de arma de fogo a que têm direito os policiais (arts. 6º da Lei nº10.826/2003 e 33 do Decreto nº 5.123/2014) não se estende aos policiais aposentados. Isso porque, de acordo com o art. 33 do Decreto nº 5.123/2014, que regulamentou o art. 6º da Lei nº 10.826/2003, o porte de arma de fogo está condicionado ao efetivo exercício das funções institucionais por parte dos policiais, motivo pelo qual não se estende aos aposentados. Precedente citado: RMS 23.971 - MT, Primeira Turma, DJe 16/04/2008. HC 267.058 - SP, Relator Min. Jorge Mussi, julgado em 04/12/2014, DJe 15/12/2014."

Fonte: mvb.org.br

sexta-feira, 13 de março de 2015

Documentário: "Quem foi Kafka?"

Autor de “A metamorfose”, “O processo”, entre outros, Franz Kafka é considerado um dos escritores mais influentes do século XX, e um dos pioneiros da literatura moderna.
Usando atores para interpretar as pessoas que melhor conheciam Kafka, o filme é um mosaico de depoimentos, intercalados com trechos da obra do escritor, que revelam de maneira única a vida e o mundo em que viveu Franz Kafka.

A história de Kafka e a menininha da boneca perdida em Berlim

Por: Nando Pereira

Do original: A LENDÁRIA HISTÓRIA DE KAFKA E A MENININHA DA BONECA PERDIDA EM BERLIM: PARA ONDE VAI O AMOR QUE SE PERDE?

Há uma história do escritor Franz Kafka (1883-1924), famoso por “A Metamorfose“, “O Processo” e “Carta ao Pai“, que mostra um singelo e doce lado do autor que já foi descrito como esquizóide, depressivo e anoréxico nervoso: uma história de amor em que ele ajuda uma menina desolada pela perda de uma boneca em uma praça de Berlim. A história tem algumas versões e abaixo seguem duas delas (traduzidas para o português): a primeira da terapeuta americana May Benatar, que ouviu da psicóloga e instrutora de meditação budista Tara Brach, publicada no site The Huffington Post, e a segunda do renomado tradutor de Kafka, Mark Harman, como foi publicado no site The Kafka Project. “Para mim essa história traz duas sábias lições: a primeira que tristeza e a perda são presentes mesmo para uma pequena criança, e a outra que o caminho para a cura é ver como o amor volta em outra forma”, diz May Benatar, cuja narrativa segue abaixo.
A história de Kafka e a menina que perdeu sua boneca em Berlim, segundo May Benatar:
kafka-boneca-52618_186x186“Franz Kafka, conta a história, certa vez encontrou uma menininha no parque onde ele caminhava diariamente. Ela estava chorando. Tinha perdido sua boneca e estava desolada. Kafka ofereceu ajuda para procurar pela boneca e combinou um encontro com a menina no dia seguinte no mesmo lugar. Incapaz de encontrar a boneca, ele escreveu uma carta como se fosse a boneca e leu para a garotinha quando se encontraram. “Por favor, não se lamente por mim, parti numa viagem para ver o mundo. Escreveu para você das minhas aventuras”. Esse foi o início de muitas cartas. Quando ele e a garotinha se encontravam ele lia essas cartas compostas cuidadosamente com as aventuras imaginadas da amada boneca. A garotinha se confortava. Quando os encontros chegaram ao fim, Kafka presenteou a menina com uma boneca. Ela era obviamente diferente da boneca original. Uma carta anexa explicava: “minhas viagens me transformaram…”. Muitos anos depois, a garota agora crescida encontrou uma carta enfiada numa abertura escondida da querida boneca substituta. Em resumo, dizia: “Tudo que você ama, você eventualmente perderá, mas, no fim, o amor retornará em uma forma diferente”.
~ May Benatar, no artigo “Kafka and the Doll: The Pervasiveness of Loss” (publicado no Huffington Post)
E a versão da história de Kafka e a menina que perdeu sua boneca em Berlim, segundo Mark Harman, que acrescenta detalhes como o tempo que durou a troca de cartas e os detalhes do desfecho:
65.2A estada de Kafka na cidade (Berlin) não foi totalmente sombria; daí o primeiro dos meus dois pequenos enigmas – uma história sobre Kafka e uma menina em Steglitz. Dora Diamant conta-a ao crítico francês e tradutor Marthe Robert, e, em uma versão um pouco diferente, a Max Brod. Enquanto caminhava certo dia em Steglitz, Kafka e Dora conheceram uma menina em um parque que chorava porque havia perdido sua boneca. Kafka disse a ela para não se preocupar porque a boneca tinha partido em uma viagem e lhe enviara uma carta. Quando a menina perguntou desconfiada pela carta, ele disse que não estava com ele, mas que se ela voltasse no dia seguinte ele iria trazê-la. Fiel à sua palavra, todos os dias durante as próximas três semanas, ele foi ao parque com uma nova carta da boneca. Dora Diamant enfatiza o cuidado que ele dedicou a esta tarefa auto-imposta, que era do mesmo grau que o que ele dedicava à sua outra obra literária. Ela também comenta a dificuldade de Kafka em chegar a um final que iria deixá-lo livre e ao mesmo tempo com uma conclusão razoavelmente satisfatória, para a menina. Na versão que Dora contou a Marthe Robert, Kafka conseguiu isso fazendo a boneca ficar noiva: “Ele (Kafka) pesquisou por um longo tempo e, finalmente, decidiu que a boneca ia se casar. Primeiro ele descreveu o jovem, o noivado.. .., os preparativos para o casamento, em seguida, em grande detalhe, a casa dos recém-casados”. Por causa desses “preparativos do casamento” em andamento, uma palavra que lembra o título de uma de suas primeiras histórias e sugere o grau de autobiografia fictícia que se engendrou neste envolvente conto – a boneca não poderia mais, compreensivelmente, visitar sua ex-dona. Max Brod não menciona esse final, mas escreve que antes de sair de Berlim para Praga, Kafka se certificou que a menina recebera o presente de uma nova boneca. Esta é, naturalmente, apenas uma discrepância menor e não diminui a credibilidade desta história, que revela um Kifka gentil, atencioso e compreensivo, que não é tão amplamente conhecido como o introvertido e auto-atormentando de “A Metamorfose” e “Um Artista da Fome”.
~ Mark Harman, em “Missing Persons: Two Little Riddles About Kafka and Berlin” (publicado no The Kafka Project)
PS: Essa história da boneca certamente deve ter servido de inspiração para a sequência do filme “Le Fabuleux Destin D’Amélie Poulain” (Jean-Pierre Jeunet, 2001), em que a protagonista Amélie Poulain (Audrey Tatou) pega uma estátua de anão de seu pai e faz ela viajar o mundo e enviar cartões postais para o pai, que não sai de casa e se sente atraído pelas aventuras da estátua.
Fonte: www.conteoutra.com

quarta-feira, 11 de março de 2015

Viagem de moto aos Lençóis Maranhenses

A intenção era conhecer o parque nacional dos Lençóis Maranhenses que é uma unidade de proteção integral à natureza localizada na região nordeste do estado do Maranhão.

O Parque
O território do parque, conta com uma área de 156 584 ha, e está distribuído pelos municípios de Barreirinhas, Primeira Cruz e Santo Amaro do Maranhão. O parque foi criado com a finalidade precípua de proteger a flora, a fauna e as belezas naturais, existentes no local.

O acesso por via terrestre, a partir de São Luís, se dá pelas rodovias BR-135 e MA-402, a Translitorânea, em 272 km de estradas asfaltadas até Barreirinhas. Ônibus intermunicipais partem diariamente do Terminal Rodoviário de São Luís com destino a Barreirinhas. A partir de Barreirinhas adentra-se a área do parque através do rio Preguiças, usando tanto a linha regular com barcos, em uma viagem de cerca de quatro horas de duração até a foz do rio, como lanchas particulares, que fazem o trajeto em aproximadamente uma hora e meia. Barreirinhas possui uma pista de pouso para aeronaves de pequeno porte, recebendo voos fretados saindo de São Luís, que tem em torno de 50 minutos de duração.

Outras opções de acesso ao parque por via terrestre incluem Humberto de Campos, Primeira Cruz, Santo Amaro do Maranhão e Paulino Neves, municípios a partir dos quais também é possível visitar o parque.

Trajeto

O trajeto escolhido foi intencionalmente um pouco mais longo do que o normal, tendo a saída em Uberlândia, MG, seguindo por Catalão-GO, Brasília-DF, Alto Paraíso de Goiás-GO, Arraias-TO, Palmas-TO, Araguaína-TO, Imperatriz-MA, Barreirinhas-MA e São Luís-MA.

Devem ter sido percorridos algo em torno de 2.750 km, de Uberlândia até Barreirinhas, já no Maranhão.

A ideia foi conhecer novos lugares, sem muita pressa de chegar, mas percorrendo algo em torno de 900 km, por dia.

As motos

Os integrantes do OMC irão em uma HONDA XL 700V - TRANSALP, uma BMW GS 800 e uma Suzuki Bandit 1200. Com uma velocidade média de 120 a 130km/h. Devem ocorrer paradas a cada 200km, para abastecimento e ao mesmo tempo esticar as pernas.
 

A viagem deve durar dez (10) dias, iniciando no dia 13 e chegando no dia 22 de fevereiro.

A VIAGEM

Como previsto, saímos no dia 13, as 05:00 da manhã em ponto! com destino a Palmas, no Tocantins. Rodamos durante todo o dia, sendo que além do almoço, paramos apenas para abastecer, esticar as pernas rapidamente, tomar água e eventualmente irmos ao banheiro.
 
 
 
 Chegamos a Palmas por volta das 18 horas, tendo rodado algo em torno de 1260 kms, nesse primeiro dia.

Passamos em frente ao Palácio do Governo do Estado do Tocantins e já fomos para um hotel, que fica logo atrás do Palácio.

A diária do hotel era razoável, assim como a qualidade, um quarto bastante básico, que compartilhamos entre os três.
 
 

No dia seguinte, tomamos café e seguimos viagem.
 
 
 
 
 

Chegamos em Barreirinhas-MA no dia 15, por volta das 15 horas.
 
 
 
 
  
  
 
 

No dia 16 fizemos o passeio até as dunas.
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Dia 17 descemos o Rio Preguiça de lancha e fomos conhecendo várias comunidades ribeirinhas, até chegarmos no Oceano Atlântico. Esse passeio foi muito bom!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Dia 18, logo cedo optamos por voltar, pois a esposa do Vagner sofreu um acidente e ele ficou bastante preocupado, assim, deixamos de passar em São Luís, onde queríamos ficar pelo menos um dia e conhecer um pouco da capital do Maranhão. Mas nos divertíamos tanto que nem sentimos tanta falta de ir até lá, a viagem estava excelente e já sentíamos vontade de subir novamente em nossas motos.
  
  

Dia 19, ainda na estrada de volta para Uberlândia, entre uma parada e outra para abastecermos as motos sempre tínhamos a companhia de frentistas dos postos e mesmo outras pessoas que vinham conversar conosco sobre nosso passeio e principalmente perguntar sobre as motos.
  
  
  
  
 
  
  
 

Dia 20, já chegando em Uberlândia, estávamos bastante exaustos. Viagem longa, com poucas paradas, apenas as necessárias. Essa foi a última noite que os três passaram juntos, já no dia seguinte Carlão iria se despedir de nós e seguiria para Brasília, onde visitaria sua mãe, enquanto eu e Vagner passaríamos por Goiânia e então chegaríamos em casa.
  
  
 
 
Passeio foi muito bom, não tivemos sequer um único pneu furado. As estradas todas estavam relativamente boas, com excessão de quando passamos por uma aldeia indígena e ali sim, haviam alguns buracos e os índios puxavam uma corda na expectativa de pagarmos uma espécie de pedágio, no entanto aceleramos as motos e os assustamos..rss

Resumindo, as motos foram excelentes a uma velocidade média de 120 a 130kms/h. Consumo na casa dos 19km/l.

Companhia dos amigos foi fantástica!