terça-feira, 10 de agosto de 2010

HISTÓRIA - IDADE ANTIGA: ROMA ANTIGA

LOCALIZAÇÃO
Roma localiza-se na Península Itálica ou Península Apenina. é uma região de solo fértil, que é uma continuação da Europa Central, prolongada até o mar Mediterrâneo. Na Itália havia várias divisões de regiões que eram habitadas por diferentes povos. Em uma dessas regiões (Lácio), foi fundada Roma. Essa cidade se tornaria muito poderosa, ia expandir seus domínios, se tornaria um vasto Império e controlaria o mundo antigo.

ORIGEM
Roma foi fundada na região do Lácio, que era habitada pelos latinos e pelos etruscos. Os etruscos foram um povo de origem oriental que se deslocou para a Europa, chegaram à Península Itálica por volta do século VII a.C. Eles cultuavam a dança e a música.
Os latinos eram poderosos comerciantes, fabricantes de tecidos e que praticavam a pirataria. Construíram na região do Lácio várias aldeias.
Mas os etruscos tinham um espírito de expansão. Através disso, a aldeia romana foi transformada em cidade. Os etruscos foram responsáveis também pela primeira forma de governo em Roma: a monarquia.
Há também uma explicação lendária para o surgimento de Roma no cenário mundial, que foi criado por Tito Lívio e também por Virgílio, um poeta romano. Segundo a lenda, o filho de Vênus, o príncipe Enéias, fugiu de sua cidade que havia sido destruída pelos gregos, chegou ao Lácio e se casou com uma filha de um rei latino. Eles tiveram filhos, Rômulo e Remo. As duas crianças foram jogadas no Tibre por Amúlio, rei de Alba Longa. Mas uma bondosa loba os amamentou, e eles por fim foram encontrados por camponeses. Quando cresceram voltaram ao reino de Alba Longa e denunciaram o rei Amúlio. Em seguida fundaram Roma em 753a.C. Mas surgiu desentendimentos entre os dois irmãos, e em uma luta Rômulo matou seu irmão Remo e se tornou o primeiro rei de Roma.

A MONARQUIA
A primeira forma de governo de Roma foi a monarquia também chamado de o período da realeza.
O rei tinha funções executivas, judicial e religiosa. Na área legislativa seus poderes eram limitados. Todas as leis apresentadas pelo rei tinham de passar pela aprovação do Senado ou Conselho dos Anciãos. O Senado era formado por cidadãos idosos (anciãos) que chefiavam as maiores famílias do Reino. Eles propunham novas leis, fiscalizavam as ações dos reis.
Uma vez a lei aprovada pelo Senado, era submetida a outro exame, a dos membros da Assembléia ou Cúria. Eram os cidadãos em condições de servir o exercito. Eles elegiam altos funcionários, aprovavam ou não as leis e aclamavam o rei.
A sociedade romana era formada basicamente por classes:
» PATRÍCIOS: cidadãos de Roma que tinham grandes propriedades de terras, gados e escravos. Tinham direitos políticos, podiam ter funções no exército, na religião, na justiça e na administração. Eram a aristocracia;
» PLEBEUS: maioria da população. Imigrantes que vieram das primeiras conquistas de Roma. Eram livres, dedicados ao comércio, artesanato e a agricultura. Não eram considerados cidadãos de Roma, então não poderiam participar de cargos públicos e nem da Assembléia Curial. Suas famílias não eram legalmente reconhecidas;
» CLIENTES: alguns eram estrangeiros e alguns plebeus que para sobreviver se associavam aos patrícios. Eles lhe prestavam diversos serviços pessoais em troca de ajuda econômica e proteção social;
» ESCRAVOS: eram os derrotados de guerras. Trabalham em serviços domésticos, agricultura, eram capatazes, artesãos, professores, etc. Eram como propriedade, seu Senhor tinha autonomia para castigá-lo, vendê-lo, alugar seus serviços e decidir sobre sua vida ou sua morte.
Roma estava progredindo, mas no Reinado de Tarquínio, os patrícios se rebelaram contra o rei, porque não apoiavam suas decisões em favor dos plebeus. Expulsaram o rei e estabeleceram a República.
São conhecidos sete reis romanos: Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio, Tarquínio Prisco (o antigo), Sérvio Túlio e Tarquínio (o soberbo).

A REPÚBLICA (509 a.C. -27 a.C.)
Foi por água a baixo a realeza romana, no seu lugar o Senado se tornou o órgão máximo da República.
Em vez de governar um novo rei, os patrícios elegiam dois lideres que agiriam com plena autoridade sobre os assuntos civis, militares e religiosos por um ano. Esses magistrados eram:
» CÔNSUL: propunham leis, presidiam o Senado e as Assembléias;
» PRETOR: administrava a justiça.
O Senado continuava a ser ocupado pelos patrícios e a Assembléia era formada pelos cidadãos pobres, os plebeus. Era sempre feito um plebiscito entre os cônsules e a Assembléia para tomar decisões.
As divergências entre patrícios e plebeus não pararam. O início da República contribuiu para o aumento da plebe. Ela era fundamental para a formação dos exércitos. Mas não faziam parte da elite econômica e política de Roma. Resultado: cansaram de tanta exploração... Recusaram a servir o exército, um desfalque no poder militar de Roma. Essa luta durou mais de um século até eles conseguirem privilégios. Entre eles:

>> Os plebeus tinham agora representação através de dois TRIBUNOS DA PLEBE, poderiam cancelar quaisquer decisões do governo que de uma forma ou de outra prejudicassem a plebe;
>> LEIS DAS DOZE TÁBUAS: eram para patrícios e plebeus. Dava clareza e evitavam o violamento das leis;
>> LEI CANULÉIA: permitia o casamento entre patrícios e plebeus;
>> ERA PROIBIDA A ESCRAVIDÃO POR DÍVIDA: alguns plebeus passavam a vida toda pagando dívida. Agora isso era proibido.


COMEÇA A EXPANSÃO ROMANA
A república romana se expandiu rápido, eles tinham domínio de toda a Península Itálica. Houve as guerras contra Cartago (cidade ao norte da África), chamadas de ‘guerras púnicas’, e houve uma grande expansão do mundo antigo. Vamos entender:
* Guerras púnicas: os romanos disputavam com Cartago o controle comercial do Mediterrâneo. Cartago possuía muitas colônias na Córsega, Sardenha, Sicília e Península Ibérica. Após batalhas violentas, os romanos derrotaram Cartago;
* Expansão pelo mundo antigo: os romanos prosseguiram com suas conquistas pelo território do Mediterrâneo Ocidental, que era a Península Ibérica e Gália, e pelo Mediterrâneo Oriental, que compreendia a Macedônia, Grécia e a Ásia Menor, a conquista foi total. Os romanos chamavam o Mediterrâneo de “nosso mar”.
Após isto o estilo de vida em Roma passou a ser luxuoso, requintado e exótico para alguns patrícios. Muitos plebeus empobreceram, venderam seus bens e foram para a cidade, aumentando o número de mendigos. A partir daí, a vida social ficou tensa e Roma ansiava por mudanças e aí se iniciou uma crise no sistema republicano.

OS IRMÃOS GRACO
Tibério e Caio Graco, vendo a situação em que Roma se encontrava propuseram reformas. Queria distribuir as terras entre os camponeses plebeus e limitar o crescimento dos latifúndios, queria também que o trigo fosse vendido bem baratinho aos pobres.
Com tais ideais, Tibério foi assassinado e Caio suicidou-se para fugir da perseguição.

DE REPÚBLICA À IMPÉRIO
Esse período foi marcado por lutas entre o povo que não mais se submetia aos seus superiores, e lutas entre os próprios generais. Dessas guerras de generais, uniu-se Pompeu, Crasso e Júlio César, que formaram o primeiro triunvirato (governo de três pessoas), mas acabou com a disputa pelo poder de César e Pompeu. Júlio César tornou-se o único governante de Roma com excelente exército. Governou até sua morte em 44 a.C.
Logo se estabeleceu o segundo triunvirato, composto por Marco Antônio, que cuidava do Oriente, Otávio, Ocidente e Lépido que cuidava dos domínios africanos.
Surgiu uma rivalidade entre Otávio e Marco Antônio, que queria formar um império no Oriente.
Otávio com o apoio dos romanos, o derrotou e tornou-se o Grande Senhor de Roma.

IMPÉRIO (27 a.C. - 476 d.C.)
Otávio acumulou poder, títulos, entre eles passou a se chamar Otávio Augusto. Isso porque Augusto significa divino, majestoso.
Seu governo ficou conhecido como o período da Pax (paz) romana.
Augusto acabou com os conflitos internos, mantinha a paz com senadores, manteve o Senado funcionando, mas os senadores não mais tinham a ultima palavra, colocou exércitos nas colônias e proibia o abuso nos impostos, utilizou a política do “pão e do circo”. Ele por meio dessa política alimentava os pobres que vagavam por Roma e os dava uma ocupação nos grandes espetáculos que ocupavam o tempo deles.
Durante o governo de Otávio nasceu Jesus Cristo, que fundou o cristianismo, que ganhou seguidores no império. Otávio Augusto morreu em 14 d.C. Após sua morte, Roma passou pelas dinastias: Júlio – Claudiana, a dos Flávios, dos Antoninos e por último a dos Severos. Todos desestruturam o governo, houve crises, imoralidade pessoal e também administrativa. Tudo piorou com Tibério que desmoralizou o governo e morreu assassinado e com Nero que perseguiu os cristãos que não o cultuavam como deus, ele chegou ao ponto de incendiar Roma.
O imperador Teodósio em 395 d.C. tentou reverter a situação e dividiu o império em dois: império romano do Oriente- cuja a capital era em Constantinopla; e império romano do Ocidente – com capital em Roma. O resultado não foi o esperado e em 476 d.C. Rômulo Augusto, último imperador do Ocidente foi derrotado pelo líder germânico Odoacro.

Era o fim do Império Romano.

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