sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Opinião de espeialista

Coluna Ponto de Vista, do jornal Correio de Uberlândia, trás a opinião de especialista em segurança patrimonial, sobre a Polícia Militar.

Polícia de mentira

As ações policiais geram julgamentos apaixonados desde o início do século XIX. Em que pesem as divergências das atuações policiais, não se pode ignorar a emergência para as organizações, que têm refletido verdadeiramente diante às dificuldades que ganharam o acesso à agenda da segurança pública brasileira.

As polícias estão à disposição da sociedade e não contra a sociedade, como querem atribuir alguns! Embora exista o apontamento de atos de violência por parte de policiais, não é justo que o resultado seja generalizado a ponto de causar na sociedade adesão incondicional de insatisfação com as instituições policiais atingindo o nível absurdo de 90%. Todos os atos praticados com excessos por policiais são apurados na forma da lei e são punidos com rigor, se provados.

Portanto, entendo que foi inconsequente e desproporcional a pesquisa do 7º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, porque utilizou um período atípico, envolvendo as manifestações de junho de 2013. Transformou-o em algo abominável, em particular, desfavorável às Instituições policiais e, provavelmente, tenha ouvido pessoas que foram às ruas manifestarem em confrontos com a PM, senão vejamos: segundo o 7º Anuário, divulgado em 05/11/2013 e produzidos pela pesquisa Índice de Confiança na Justiça Brasileira (ICJBrasil), da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, os brasileiros estão confiando menos na polícia. Essas informações apresentadas no anuário foram coletadas junto a 3,3 mil pessoas de sete estados brasileiros no último semestre.

Conforme o secretário-geral do fórum, Renato Sérgio de Lima, o levantamento se sustenta pela insatisfação da população em relação à atuação das polícias nos protestos populares de junho deste ano e isso foi mais um fator para influenciar o índice de desconfiança. Ainda segundo o anuário descrito também pelo professor da FGV Rafael Alcadipani, afirma que alguns fatores que contribuem para a desconfiança nas polícias são a baixa taxa de resolução dos crimes, a burocracia no atendimento ao cidadão e a imagem de violência que está associada às polícias, principalmente, à Polícia Militar.

Em primeiro lugar, as informações, bases da pesquisa, são escassas e é sabido que uma informação em período atípico como foi o caso das manifestações de junho, não deveria servir de análise crítica, que pode pôr em questão a própria visão de valores sociais entendidos pela sociedade. E esta, diante da dissensão entre seus valores pessoais que possa levar a preferir e deixar de lado a informação real dos fatos e passar a uma visão surreal das polícias.

Segundo, uma pesquisa dessa magnitude, que podem ocasionar reflexos sérios na opinião da sociedade, não pode obedecer à simplicidade, referindo-se sem observar o valor quantitativo e qualitativo. Ela deveria ter consistência e nexo por temas recorrentes e dos discursos imediatos. O trabalho ostensivo das forças de segurança pública (polícias) não tem sido nada fácil nos últimos meses, mas teve o apoio da sociedade ordeira em até 90% contrários aos atos de vandalismos interpretados por ditos manifestantes. O risco dessa pesquisa consiste em que se confunda o desenho das polícias, com o profundo sistema irreal da pesquisa, e que o trabalho se perceba tal como pretende ser, e não tal como realmente foi ou gostaria que ele fosse.

Diógenes Pereira da Silva - Especialista em segurança patrimonial
Fonte: Correio de Uberlândia

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