SEATTLE, 30 Mai (Reuters) - Um ex-executivo da Microsoft pretende criar a primeira marca nacional norte-americana de maconha, com cânhamo que ele espera importar legalmente do México, e disse que estava dando início ao seu negócio adquirindo farmácias de maconha em três Estados dos Estados Unidos.
Jamen Shively, ex-gerente de estratégia corporativa da Microsoft, disse ver sua empresa com sede em Seattle como líder na venda de maconha para fins recreativos e médicos, assim como a Starbucks é o nome dominante em café
Shively, de 45 anos, cujos seis anos na Microsoft terminaram em 2009, disse que estava atrás de 10 milhões de dólares de investidores para dar início ao negócio.
O uso, venda e posse de maconha continua ilegal nos Estados Unidos sob a lei federal. Dois Estados norte-americanos, no entanto, legalizaram o uso recreativo da maconha e estão entre os 18 Estados que permitem seu uso para fins médicos.
"É um mercado gigante em busca de uma marca", disse Shively sobre a indústria da marijuana. "Ficaríamos felizes se obtivéssemos 40 por cento do mercado mundial."
Um relatório da Organização das Nações Unidas de 2005 estimou que o negócio global da maconha em 142 bilhões de dólares.
Os Estados de Washington e Colorado tornaram-se os primeiros a legalizar a maconha para uso recreativo nos EUA quando os eleitores aprovaram a legalização em novembro.
Shively exibiu seus planos, junto com sua visão para um futuro no qual a maconha será importada do México, em uma conferência no centro de Seattle na quinta-feira.
Ao seu lado estava o ex-presidente mexicano Vicente Fox, conhecido de Shively de longa data e que vem sendo um defensor da descriminalização da maconha. Fox disse que estava ali para apoiar a empresa de Shively, mas que não tinha participação financeira na mesma.
Shively disse à Reuters tem esperança que Fox possa ter papel de consultor em sua empresa, chamada Diego Pellicer em homenagem ao bisavô de Shively, produtor de cânhamo.
A venda de cânhamo ou maconha permanece ilegal em grande parte do mundo, embora países principalmente na Europa e nas Américas tenham descriminalizado a posse de pequenas quantias do produto. Um número maior de países descriminalizou ou legalizou o cânhamo para uso medicinal.
(Por Jonathan Kaminsky)
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